terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Em defesa da obra de Osmar Pinheiro Júnior 05:

Incongruência: o álbum BELÉM DA SAUDADE entregue pelas mãos do PT.

O Diário Online de ontem, 1º de fevereiro de 2010, publicou "Ver-o-Peso: troca de pintura provoca polêmica."; o texto traz uma demonstração da ARTIMANHA política do Partido da Social Democracia Brasileira — PSDB —, circunscrevendo a questão Ormar Pinheiro de Souza Júnior no repúdio "...'a falta de escrúpulos, o revanchismo e o desrespeito ao artista paraense, motivados pela cegueira ideológica, pelo obscurantismo e pela inépcia no trato do bem coletivo'.".
Grupamentos ordinários não reverenciam artistas, são afeitos à idolatria a Joseph Goebbels; mesmo que nem saibam de quem se trata, setem-no indefectível.
Que o oportunismo político-partidário vá às favas: é só mais um componente negativo à causa.
No frigir dos ovos tudo isso é tenebroso e engraçado em um só tempo:
Tenebroso porque o exercício da democracia foi intrujado na forma de REGALO à Cidade; e, como já definiram na gênese: Belém ganhou um CAVALO DE TROIA, ou, a égua da TRAMOIA!
Engraçado porque o PT — Partido dos Trabalhadores —, como saco de gatos que é, faz mais tolices que um moleque traquinas.
Em sua tagarelice no jornal online o PSDB equivoca-se, o PT não persegue autores, nem teria talento para tal; não o fez com o Osmar Pinheiro Júnior, menos ainda com o Paulo Chaves Fernandes.
O problema do trabalho do Osmarzinho era o estereótipo de Almir Gabriel; fosse o do Almizinho, estaria lá — Maquiavel e Goebbels atacam o significado, não o significante; quando esse é insignificativo.
Na mão do pintor existe a reprodução de uma fotografia da João Alfredo retirada do álbum Belém da Saudade editado e reeditado pela Secretaria de Estado de Cultura do Pará quando Paulo Chaves Fernandes dava as ordens; então, sem essa REFERÊNCIA, não haveria o novo painel — a preguiça ou a burrice impediram uma busca de imagem EXCLUSIVA para dar ao Kobra e sua trupe.
Alguém se tocou que o HANGAR é o vértice do governo Ana Júlia?
Vira e mexe está ele na mídia como um BUNKER de cabeludas histórias.
De quem fora a ideia desse Centro de Convenções? 
Da "ARENA" ou do "MDB"?
De nenhum desses exércitos maniqueístas, mas tão-somente de uma criatura intransigente que "encarnou" Antonio José de Lemos e como tal utilizou-se mais do POLÍTICO que da POLÍTICA; já imortalizado, como a ENTIDADE, pela "megalomania" e..."doa a quem doê-la!".
Fomos alunos de ambos: tanto do Paulo Chaves Fernandes em Fundamentos da Expressão e Comunicação Humana; quanto do Osmar Pinheiro de Souza Júnior nos últimos níveis de Técnica de Composição e Pintura.
Em nossa permanência discente na graduação —  de 1982 a 1986 — ainda existia um único departamento didático-científico para Arte e Comunicação, no antigo Centro de Letras e Artes da matrona UFPA; do qual, dentre tantas personalidades, figurava a professora Maria Silvia Nunes — não por acaso, nome do teatro da Estação das Docas.
Osmar e Paulo eram figuras muito ligadas: um, expert na análise do discurso da Indústria Cultural; o outro, virtuose no desenho — Paulo era fã do trabalho do Osmar e declarava isso em alto e bom som nas salas de aula.
Diziam no Centro que a relação de Paulo Chaves com Almir Gabriel era de filho para pai; Almir, como médico, teria salvado Paulo da morte — um "causo" que só os dois, ainda vivos, podem relatar.
Osmarzinho, exatamente no ano de 1985, fez a apresentação da exposição "Desenhos: Haroldo Baleixe & Jorge Eiró".
Quando nos dirigimos ao ateliê do Osmar para pegar o curto manuscrito encontramos o Paulo Chaves a papear na cabeceira do amigo que se recuperava gradativamente de uma invasiva cirurgia em um dos rins — como o previsto era um simples "bombardeio" com ultrassom, Osmarzinho e todos nós nos surpreendemos com a operação tradicional à retirada dos cálculos.
Artista tem vida e alma, político somente existência partidária.
Então: que um erre o outro; eternamente!

5 comentários:

  1. Ei Haroldo... Essa data, que cita o "Diário Online de ontem" não seria 1º de fevereiro de 2010?

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  2. Obrigado Bibas, já fiz a correção!
    Tenho que trocar de óculos e de cérebro!
    Abraço,
    HB.

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  3. Lindo. Fico emocionado e choro. Choro de indignação e lembrança das questões que fizeram parte da essência de meu pai, e que ele carregou a vida toda. É isso mesmo!
    obrigado, Pablo Pinheiro

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  4. Não sei não. Aquele trabalho do artista Osmar Pinheiro nada tinha a ver com arte e sim com política. Se o blogueiro diz que arte não é política, então, aquilo não era arte, portanto, nenhum problema na sua destruição.
    Foi o blogueiro quem sugeriu essa interpretação ao leitor.

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  5. Caro senhor,
    Acredito que o seu discurso é bom mas tendencioso porque o senhor foi aluno das duas "figuras" dessa trama que não tem nada de quixotesca.
    Por um acaso o artista "Osmarzinho" participou de alguma competição para ganhar essas "licitações" de arte? E por que não chamar LICITAÇÃO? É um serviço como outro qualquer, certo?
    Ou foi indicado pelo patronato político?
    Ou o senhor é ingênuo ou quer nos enganar com esse nhenhenhém sem fim.
    O senhor acha que o Paulo Chaves Fernandes não tem nada que ver com a nota do PSDB do Diário, tudo foi idéia do Flexa Ribeiro. Não seja tolo ele está por trás disso porque não suporta o ostracismo político, porque o artístico não lhe dá status e essa classe nem sequer gosta de sua boçalidade e arrogância e petulância.
    Esse Paulo Chaves vale tanto quanto o que meu gato enterra lá no quintal e não vejo.
    E esses meninos ai acreditando que o pai fosse um santo, só se fosse do pau oco.
    Tenha dó de quem lhe acessa na Internet.

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