sábado, 30 de janeiro de 2010

Em defesa da obra de Osmar Pinheiro Júnior 02:

Tapumes: uma série que utilizou "ferramentas" da chamada "Geração 80" sem curvar-se ao seu modismo.

"Osmar Pinheiro, pintor sólido, realiza uma síntese mais pessoal e ganhou o prêmio viagem"; assim a revista Afinal Nº50, de 13 de agosto de 1985, registrou a performance de um artista paraense no III Salão Paulista de Arte Contemporânea (versão mais marcante).
A década de 1980 fez pipocar salões pelos quatro cantos do país — era a liberdade de expressão visual provocando o rescaldo fedorento da Ditadura Militar.
Foram anos dourados à produção plástica: artistas que estavam na estrada se firmaram e novatos galgaram seus currículos; todos disputando espaço em salões de arte, sem apadrinhamentos.
A revista Afinal demonstra o crivo provocado pela Secretaria de Estado de Cultura de São Paulo a todo o Brasil em 1985:
1. "O grande objetivo era um só: organizar um salão de nível nacional para mapear a produção artística de todo o País";
2. "...a bandeira paulista usada como símbolo do evento teve suas listras pintadas em verde e amarelo.";
3. "Para atrair artistas de todo o País, foi estabelecido um total de 60 milhões de cruzeiros em prêmios, sendo que ao primeiro colocado coube 20 milhões. Esses valores, atualmente sem paralelo no circuito de salões, acabaram gerando 1.400 inscrições. Depois de São Paulo (1.022 inscritos), os Estados que mais enviaram obras foram Rio de Janeiro (117), Rio Grande do Sul (52) e Minas Gerais (47)."; e
4. "Apenas 10% desse total — 420 obras de 169 artistas foram selecionadas..."
Essa certificação esclarece que a cultura, pela via das artes plásticas (hoje visuais), fora valorizada há 25 anos; talvez um ápice — o ponto máximo da parábola, exatamente no meio daquele decênio de outrora.
A controvérsia postada "Em defesa da obra de Osmar Pinheiro Júnior:" poderia respaldar-se nesse escrito, pois a figura do "protegido" ficara na conta dos golpistas de 1964.
Então, sem discutir a competência do artista-grafiteiro paulistano Eduardo Kobra — que nem nos caberia —, questionaremos apenas o modelo despótico aplicado na sua escolha.
O Blog HB fez a "Divulgação: Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia:", um projeto do jornal Diário do Pará que disponibilizará 30 mil Reais em prêmios para todo o Território Nacional; certame com o melhor dispositivo democrático: "sem peixinhos".
Osmar Pinheiro de Souza Júnior, exatamente no ano que produziu o trabalho no Ver-o-peso, passara por uma peneira absurda: fora um vencedor dentre tantos brasileiros ávidos pela glória do Salão Paulista — uma "licença", salvaguardadas as devidas proporções, de "007".
Por que o Hangar, como "mecenas", designou um autor estranho para criar uma "obra de arte" à Cidade apondo-se a de um belenense ilustre?
"Nunca antes na história..." se viu DESPAUTÉRIO semelhante!
Piada de muito mau gosto com enredo desrespeitoso a uma categoria profissional; e ao Secretário de Cultura, obviamente!
Quem deu esse laudo terminal; algum expert?
Ou é porque o Almir Gabriel estaria na balaustrada do sobrado pintado?
Bricadeirinha, de novo, o Osmar poderia estar tirando sarro com a cara de todos na época; assim o fez na Reunião Anual da SBPC — Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência — de 1983 com o Capitão América, tripudiando os agentes de Octávio Aguiar de Medeiros, a postos na UFPA.
Transgredir é a mais nobre, se não a única, serventia do artista! 
O certo é que a Turma do Hangar induziu todos ao W.O. e PT SAUDAÇÕES!
Uma MEDONHA DISSIMULAÇÃO: FARDA de péssimo caimento em governo dito "POPULAR"!
Blog HB
Postscriptum:
Curiosidade encontrada na Internet: "VIII Prêmio Colunistas Nacional 1975" à Mendes Publicidade.
Sigam o link ou ampliem para ler a composição da equipe na elipse vermelha:

Divulgação: Museu Casa das Onze Janelas:

"Museu Casa das Onze Janelas/SIM/Secult, prorroga as mostras de Carla Evanovitch e Daniel Cruz.
Até dia 28 de fevereiro, o Museu Casa das Onze Janelas apresenta as mostras “Performações Urbanas”, de Carla Evanovitch e “Pra Sempre...”, de Daniel Cruz. O cotidiano de Belém é o assunto das duas exposições que integraram o Circuito das Artes 2009. As mostras apresentam os resultados das bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística do Instituto de Artes do Pará.
Os pedintes que freqüentam os transportes públicos chamaram a atenção da artista Carla Evanovitch, que desenvolveu a pesquisa “Performações Urbanas”. Na exposição, apresentada no Laboratório das Artes, ela conta oito histórias, reais e fictícias, destas pessoas que ganham diariamente seu pão nos ônibus da cidade. “Eu ando bastante de ônibus e sempre presto atenção nas histórias dramáticas que essas pessoas contam. Acredito que essas falas se assemelham muito à linguagem das performances. Vi também que as histórias eram muito parecidas umas com as outras e que, de acordo com a reação dos passageiros, elas aumentam”, diz a artista.
FOTOGRAFIA
Em “Pra Sempre...” Daniel Cruz registrou Belém em detalhes que passam desapercebidos pelos pedestres da cidade. Atento à paisagem urbana e ao acervo patrimonial, o artista deteve-se no traçado dos prédios em construção e deteriorados. “É uma pesquisa sobre poética urbana, sobre os lugares que vão mudando, sendo destruídos e não percebemos. É um registro do meu cotidiano, de cenas que me chamam a atenção. Ao final, fiz uma leitura dessas imagens dentro deste contexto da transitoriedade urbana. São fotografias de Belém, mas que poderiam ser de qualquer lugar”, diz Daniel. Ao todo, o artista apresenta 29 fotografias na sala Gratuliano Bibas.
O Museu Casa das Onze Janelas fica na Praça Frei Caetano Brandão s/ nº, Cidade Velha- Belém/PA. CEP: 66020-310
Funcionamento: de terça a domingo das 10h às 16h - feriados das 09 às 13h.
Ingresso: R$2,00 . Todas as terças-feiras do ano – entrada franca.
Gratuidade: crianças até 7 anos, adultos a partir dos 60 anos, portadores de necessidades especiais, grupos agendados e turmas da rede de ensino agendadas .
Informações: (91) 40098825/40098823/40098821. E-mail: onzejanelas@gmail.com" (recebido pelo e-mail linkado em vermelho).

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Divulgação: Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia:

Ontem foi lançado o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, um projeto nacional com curadoria de Mariano Klautau Filho e R$30.000,00 (trinta mil Reais) em 03 (três) premiações.
Nessa empreitada Mariano é auxiliado pelos fotógrafos Cláudia Leão e Eder Chiodetto —todos integrantes da comissão de seleção e premiação.
Inscrições: de 08 de fevereiro a 20 de março de 2010.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A esculhambação no Largo do Carmo 03:

Faça chuva, faça sol, Belém precisa urgentemente de um síndico, não dos palhaços que fingem que a governam:


Fotos do Largo do Carmo tiradas na segunda-feira, dia 25, pela manhã.
Amplie o conjunto ou veja diretamente no CIVVIVA.

Divulgação: "Pré-conferências setoriais de cultura do Pará".


Em defesa da obra de Osmar Pinheiro Júnior:

Osmar Pinheiro de Souza Júnior, falecido em 20 de agosto de 2006.
Foto: Patrick Pardini (?)
Circula pela Internet um "e-mail manifesto" sobre a destruição de um painel idealizado em 1985 pelo artista plástico paraense Osmar Pinheiro de Souza Júnior, localizado na esquina da Boulevard Castilhos França com a Avenida Portugal.
Tal pintura seguira uma tendência mundial disseminada em algumas capitais brasileiras que aproveitavam espaços públicos, como muros e paredes cegas, para veicular a produção plástica dos seus.
Ormarzinho colecionava prêmios nacionais e internacionais: uma rara celebridade belenense em sua área de atuação; o que o credenciava ao trabalho autoral à coletividade.
Nesse período o prefeito da capital paraense era o médico Almir Gabriel, um dos fundadores do PSDB — Partido da Social Democracia Brasileira — em 1988.
A atitude maquiavélica do PT — Partido dos Trabalhadores —, ora em situação no Estado, não é a primeira contra o artista falecido em 2006; retiraram de cirlulação uma logo por ele criada para a SECULT — Secretaria de Estado de Cultura.
O estranho é que o atual secretário de cultura do governo PT, Edilson Moura da Silva, é graduado em Educação Artística — Habilitação em Artes Plásticas — e deve ter sido aluno de Osmar, titular da cadeira de Pintura daquele curso da UFPA, antes de Emmanuel Nassar.
Outra represália à obra de Osmar foi protagonizada por Edmilson Rodrigues quando prefeito e do PT: a demolição da escultura "Velames", elaborada pelo artista para o complexo Ver-o-peso, junto com a intervenção pictórica em questão. 
Como ninguém atira em cadáver há muito sepultado, está claro que o PT quer atingir, de revestrés, o arquiteto Paulo Chaves Fernandes, amigo de Osmar e projetista do xodó do partido: o HANGAR.
O PT comprova que a única estrela que possui é a da sua bandeira encarnada, não abrindo espaço para arte assinada por nativos; nem promovendo certames que incentivem a produção cultural local.
O tal "presente para Belém" (uma pérola do argumento desequilibrado) será um outro painel, dessa vez executado por um grafiteiro paulistano da moda chamado Eduardo Kobra, representando uma vista em perspectiva (dita 3D) da rua Conselheiro João Alfredo; essa "novidade" superporá a imagem de Osmarzinho.
Entenderia a serpente forasteira da cultura paraura?
Substituiremos carimbó por hip hop? 
Pai d'égua: vai ver o sampático comeu alguma petista poderosa acometida de complexo de inferioridade "na seca" (ou ato heroico semelhante).
Duciomar, nessas horas, faz absoluta questão de ser o FANTOCHE!

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Segue o "e-mail manifesto" na íntegra, inclusive com as assinaturas de adesão até o recebimento; é um assunto que deveria decolar como DENÚNCIA em todos os meios de comunicação:

"Presente de grego
Os dirigentes do Centro de Convenções de Belém – Hangar, sob o pretexto de dar um presente à cidade, cometeram um crime de lesa pátria.
De forma articulada e na calada da noite planejaram destruir – como, de fato, destruíram – um patrimônio cultural de todos os paraenses: o painel pintado, em 1985, na esquina do Boulevard Castilhos França com Avenida Portugal, na virada do Ver-o-Peso, inspirado em desenho do artista plástico Osmar Pinheiro de Souza Júnior, já falecido.
O painel, hoje apagado e destruído, foi aprovado no projeto urbanístico do Ver-o-Peso e, antes de executado, foi submetido ao Instituto de Patrimônio Histórico – IPHAN.
Vieram técnicos até aqui para autorizar.
O então presidente da República José Sarney veio legitimar todos esses elementos. Ele pode não ter uma biografia honrada, mas era o presidente de direito.
O painel foi pintado para uma prefeitura legitimamente constituida à época, que pagou, desde a concepção até a execução, com dinheiro público, nosso dinheiro.
Agora vem o próprio orgão (Iphan) dizer que o painel não tem valor histórico. O que é esse valor histórico? Os documentos dessa aprovação devem estar nos arquivos deles (se não deram fim).
Que legitimidade cultural tem os dirigentes do Hangar e do Iphan, pra decidir sobre esse tal "presente"? Isso é o Pará, Belém... No que tange a área cultural está eivado de gente ruim. A cada dia é mais triste. Patético.
Prova de que são da mesma cepa dos dirigentes que autorizaram, em outras épocas, a destruição do nosso patrimônio por motivação política ou outras ainda não muito claras.
Não está em jogo aqui, gostar ou não gostar das intervenções urbanas do artista plástico Osmar Pinheiro Júnior. Elas tem (ou tinham) autoria. Estão (ou estavam) todas assinadas. Resta esperar que retirem a escultura do pier das onze janelas, o painel da capela do São José Liberto, a escultura em homenagem ao Garpar Viana. Isso pra ficar só no desrespeito ao Osmar.
É necessário reagir contra esses atos criminosos praticados contra a cultura e o patrimônio histórico de Belém.
Destruíram mais um patrimônio do Pará.
Assine esse manifesto e diga NÃO a esses crimes praticados pelas “autoridades” do Hangar.

Paulo de Araújo Marques
Flávio de Almeida Gomes
Maurício de Azevedo Rocha
Gersina Costa
Maria Regina Cardoso da Paz
Márcio Almeida Castro.
Patrícia Segtowich.
Mauro Lopes
Garcia Bastos Júnior
Alfredo Campos Boulhosa
Dulce Rosa de Bacelar Rocque
José Mario da Costa Silva
Jorge Leal Eiró da Silva - CPF 116576692-20"

(E-mail repassado por Jorge Eiró.)

Fotografias ampliáveis retiradas do blog Espaço Aberto que bem ilustram o e-mail.
Acima: como abandonaram a obra do Osmarzinho; abaixo: o aparelhamento das paredes e o início da grafitagem da "jibóia desvairada" — recursos gráficos inimagináveis na década de 1980.

Postscriptum:
Não temos certeza se a foto, digitalizada do Jornal do Museu da UFPA, é de autoria do Patrick Pardini; a menor tem o crédito do jornal O Liberal para Mário Barbosa.

Postscriptum 02:
O texto "Território Perigoso", de Casimiro Xavier de Mendonça, publicado na revista Veja de 24 de julho de 1985, fala sobre a tendência dos monumentais painéis como arte pública — desconsiderando, claro, a tecnologia que não existia até então.
O trabalho de Osmar Pinheiro de Souza Júnior não alcançara essa mega-dimensão, estava dentro dos limites estabelecidos pela série Tapumes — obras grandes em papel craft, tal qual ditava o movimento Geração 80 — e tinha pleno controle, tanto plástico quanto pictórico, de sua feitura pelo artista:


Postscriptum 03 (02/02/2010):
Ronaldo Moraes Rêgo nos chamou a atenção ao equivo informativo: "...e deve ter sido aluno de Osmar, titular da cadeira de Pintura daquele curso da UFPA, antes de Ronaldo Moraes Rêgo.".
O termo "titular" não era (e não é) o oficial adotado pela UFPA; mas entre nós, já que o professor era responsável pela disciplina — aqui nominada "cadeira", sinônimo de "cátedra", extintas com o surgumento dos departamentos didáticos-científico.
A substituição de Osmar Pinheiro na "...cadeira de Pintura..." deu-se por Emmanuel Nassar e não por Ronaldo Moraes Rego; esse, à época, "titular" da "cadeira" de Gravura: Xilo e Calco, substituiu Emmanuel Nassar em Pintura  — faremos a devida correção no corpo da postagem. 

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

PMB corta água de lavajatos na Timbó:

A CTBEL resolveria tudo aplicando multas aos motoristas infratores.

Às 11:30h de hoje a Prefeitura Municipal de Belém resolveu por fim aos lavajatos da travessa Timbó, entre 1º de Dezembro e Almirante Barroso.
A operação começou pela travessa Barão do Triunfo, outro setor forte dessa atividade informal, com a retirada de coberturas e o corte d'água.
A COSANPA e a Polícia Militar acompanharam a Secretaria Municipal de Urbanismo — SEURB — da PMB na investida à Timbó, entretanto, os lavadores já estavam avisados pela trupe da Barão.
As ligações clandestinas de água foram o mote da operação desmonte dos lavajatos em ambas as vias — ou o absurdo volume de água tratada desperdiçada para esse fim.
Na Timbó, canto com a 1° de Dezembro, os lavadores ensaiaram um protesto, imediatamente debelado pelo contingente policial — exatamente o que está registrado no vídeo acima.
Os dois grupos se juntaram para protestar na avenida Almirante Barroso onde houve confronto com a ROTAM — Ronda Tática Metropolitana — da PM (sem documentação nossa).
A ocupação da área da Timbó com lavajatos de calçada tem aproximadamente 12 anos e está longe de ser um paraíso, contudo, tem clara função social: dá trabalho e consequente sustento às famílias — principalmente àqueles que tem passagem pela polícia e não conseguem um emprego digno com carteira assinada.
Com o funcionamento 24 horas a rua fica movimentada dando sensação de segurança aos moradores — coisa que o poder instituído jamais propiciou ou proporcionará.
Há abusos diversos como som alto, invasão de privacidade, atrapalho do trânsito, sujeira, etc.; nada que uma atividade educativa não amenize.
Não estamos falando aqui de lanchonetes ou pontos de venda, nos referimos a um serviço que depende única e exclusivamente da força física e da destreza do indivíduo para o sustento da prole, que nunca é pequena.
O problema está no excesso de pessoas que exercem a atividade no mesmo local, transformando aquele perímetro na Casa da Mãe Joana.
Se a Prefeitura de Belém, junto com outras instituições, organizasse essa sacanagem, todos sairiam ganhando — "organizar a sacanagem" é bem melhor que "provocar a bandidagem".
São pessoas que têm relações afetivas com o entorno, portanto, permeáveis às ações de estímulo ao bem viver.
Muitos que ali ralaram, hoje levam seus carrinhos à lavagem.
Dizem que outros viraram patrões, têm carrões e garantem a organização do "ponto" — por isso ganham uma "pintada" (onça) por semana de cada lambaio.
Os "operários" tiram, no mínimo dos mínimos: R$50,00 por dia; o que equivale a um salário mensal de R$1.400,00 sem trabalhar aos domingos — calma, as condições são as piores possíveis, até porque a PMB derrubou as barracas de apoio em época passada, como comprova o vídeo de 19 de setembro de 2007, mais de dois anos antes de fazer o mesmo na Barão do Triunfo:


Vídeo de 2007 feito com a ajuda de um dos lavadores: o Amsterdã.

O vídeo demonstra a convicção que perdurará: "Se vocês tirarem a gente vai colocar de novo!".
O corte d'água já ocorreu na Timbó, provocando fogo em pneus e interrupção do tráfego de veículos na 1º de Dezembro: um caos que reverteu a situação em poucas horas.
Como houve amadurecimento político dos lavadores timboleses, a água já está religada e a lavagem permanece tranquila — tudo resolvido sem tumulto e na diplomacia.
A Prefeitura Municipal de Belém fez uma grande palhaçada para aparecer nas emissoras de televisão; se quisesse realmente resolver a zona, botaria agentes da CTBEL para multar os motoristas que estacionam seus autos de modo irregular na hora da lavagem; esse seria um ato honesto com desdobramentos ao erário municipal.
Culpado não é o fodido que lava é o bacana que leva o seu possante para um trato bom e baratinho!
Autoridade: "quem não pode com o pote, não pega na rodilha!"; chama o Xunda!

"Tudo como dantes no quartel de Abrantes" (28/01/2010 às 16:45h): apenas dois clientes por causa da chuva.
Uma multinha cairia bem ao motorista do Fiesta verde JTQ-8605, estacionado em local impróprio: 90º sem sinalização para tal e muito próximo ao cruzamento das vias.
Se a CTBEL não fosse uma mera indústria de multas, trabalharia de modo probo, cumprindo sua função de organizar o trânsito, reduzindo a perene AVACALHAÇÃO do local.

Comprovação de que o carro é exatamente o citado no texto e que não há necessidade de grandes esforços para sanar o problema, afinal, é o condutor do veículo quem infringe a Lei, não o miserável lavador.
Fim da causa, fim do efeito!

Postscriptum:
O termo correto é LAVA A JATO e não "lavajato", inexistente em dicionários.
Seu sinônimo, o sunstantivo lava-rápido, é grafado com hífen.
Utilizamos LAVAJATO como neologismo por não encontrar referências sobre a aplicação do plural de "lava a jato" ou "lava-rápido"; uma artifício da dinâmica da língua.
Quem quiser ajudar na solução do impasse, que poste um comentário.
Blog HB
Postscriptum 02:

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

"Avião cai e mata empresário Luis Rebelo


Momento em que pessoas prestavam socorro às vítimas do acidente
Foto: Felype Adms/Souzel News

Um avião bimotor da empresa Piquiatuba Táxi Aéreo, com destino a Altamira, caiu na tarde de hoje, próximo ao município de Senador José Porfírio, em uma área de pasto da fazenda Rosinha, que pertence ao Grupo Reicon, localizada no KM 23 da PA-167, sudoeste do Pará .
Na queda, morreram o comandante da aeronave e o empresário Luis Rebelo, proprietário da empresa Rebelo Indústria Comércio e Navegação (Reicon). O co-piloto do avião e um engenheiro da empreiteira Andrade Gutierrez tiveram ferimentos no rosto e foram atendidos no Hospital Regional de Altamira. Os outros passageiros ficaram apenas com escoriações.
Segundo o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa I), sabe-se que a aeronave saiu de Belém às 12h58 e transportava oito passageiros e dois tripulantes.
Segundo os sobreviventes, o comandante teria passado da pista de pouso, ao retornar, o avião começou a perder altitude. O piloto teria tentado arremeter (subir novamente), mas não conseguiu fazer o avião pegar altura.
Equipes do Hospital Municipal de Senador Jose Porfírio, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros prestaram socorro às vítimas.
O voo reunia empresários e engenheiros da Andrade Gutierrez que debateriam sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Atualizada às 22:50h (Diário Online com informações da TV RBA e Diário do Pará)".
Notícia publicada no Diário Online copiada, ípsis líteris, para difusão no Blog HB.
Mais informações na Internet:
Parsifal 4.0
Portal ORM
O GLOBO
Luis Rebelo Neto fora candidato a vice-governado do Estado do Pará em 1990, integrando a chapa de Said Xerfan.
A outra vítima fatal foi Carlos Alberto da Silva Navarro, comandante da aeronave — um Cessna Bandeirantes da Piquiatuba Táxi Aéreo.

INMETRO: tabela de consumo/eficiência energética 2010:


A  tabela de consumo/eficiência energética para veículos leves modelo 2010 já está disponível em PDF na página do INMETRO.
Nela observa-se que o menor consumo de combustível na cidade ficou com o Mille (8v) Economy 2 e 4 portas da FIAT: 12,4km/l de gasolina, empatado com o Picanto EX3 e LX3 (ambos também 1.0, mas com 12v) da KIA.
Na estrada o Polo BlueMotion 1.6-8v da VOLKSWAGEN foi o mais econômico: 15km/l de gasolina.
Curioso é que o Civic 1.8-16v da HONDA está classificado como A (maior eficiência energética) tendo performance semelhante ao Fit 1.4-16v da mesma HONDA. 
Não consideramos o combustível álcool por sua inviabilidade de preço em Belém do Pará.
Vale comparar o desempenho dos automóveis nas tabela de 2010 e de 2009 (ajustada).
Este post confirma o anterior: carro popular eficiente e com melhor custo benefício é o Mille, do jeito que está, portanto, que a FIAT tome cuidado antes de sacanear o fiel consumidor brasileiro do UNO.
A experiência de 22 anos de Uno (entre "S" e Milles): 
Uno S (1.3) 1988/1988 chassi 9BD146000J3374296; 13 anos/130.000km.
Uno Mille 2001/2002 chassi 9BD15822524320276; 4 anos/24.000km.
Uno Mille Way Economy 2009/2009 chassi 9BD15NÃOINFORMADO; quase 1 ano/5.000km.
Em consulta ao Detran-Pa, via chassi, é possível  verificar que todos ainda circulam.  

 
Picanto da KIA 1.0-12v, tão econômico quanto o Mille 1.0-8v.
Será que a FIAT teme este automóvel ao ponto de quase redesenhá-lo no possível "NOVO" UNO?

sábado, 23 de janeiro de 2010

Será que o "327" foi mesmo desvendado?



O Mille Economy 2010 na página da Fiat e o suposto UNO 2011 na revista Autoesporte.
BLOG HB
Autoesporte na edição deste mês garante que o SECRETO Projeto 327, polêmico na Internet, foi revelado.
Não é a primeira vez que a revista publica fotografias do carro: no ano passado o furo foi "Flagra do novo Uno na Revista Autoesporte de maio".
A Autoesporte garante que: "Essa é a primeira foto do novo Fiat Uno sem disfarces. A imagem está em um arquivo de patentes do Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e mostra que a projeção da capa de janeiro da Autoesporte, feita com base em fotos de Marlos Ney Vidal, confere quase 100% com o modelo final. A descoberta da imagem foi feita pelo blog Novidades Automotivas.".
Todavia o blog Novidades Automotivas não afirma isso com tanta convicção: "Quem esperava um carro que iria substituir o Mille vai se surpreender! Algumas pessoas apostam que ele vai recuperar o nome “Uno”, mas a Fiat também registrou no INPI vários outros nomes que cabem ao modelo, como Mickey, Michi, Miki (e outras derivações oriundas do personagem da Disney), mas o mais cotado é o nome Topolino (Nome do Mickey na Itália), que foi usado por um antigo modelo vendido na Europa entre 1937 e 1955.".
A página da FIAT continua com a opção de montagem do Mille Economy 2010 e não há comentários sobre tal lançamento.
As fotografias mostram que o "NOVO UNO" nada tem a ver com o UNO ORIGINAL.
Sua aparência é um híbrido de automóveis contemporâneos como o Twingo da Renault (desde 1993) ou o  Classe A da Mercedes-Bens (desde 1997); estes sim, evoluídos, sem perder a identidade visual e o conceito — tal qual o Fiat 500, um cult da marca italiana designado por Dante Giacosa e produzido ente 1957 e 1975, REEDITADO em 2007.
O interior mostrado na Autoesporte não apresenta surpresas diante do que se vê em modelos de outras montadoras e da própria Fiat:

 
O interior do suposto NOVO Uno ou PROJETO 327: painel rampado.


Interior do atual Mille exibido na página da FIAT: painel porta objetos.

O dissimulado "PROJETO 327" pode ser batizado com qualquer nome, é só mais um carro de bunda achatada no mercado; em nada lembra o UNO ou o seu predecessor no Brasil, o 147:


Ponte Rio-Niteroi.


Escadaria da Igreja da Penha.


No final do vídeo há o lançamento do UNO: "obra de gênio".

O UNO poderia ter versão off-road com motor 1.3, afinal ele é um GRAD CHEROKEE baratinho (para o padrão estadunidense e europeu).
Modificá-lo ou tirá-lo de circulação será uma estupidez, pois  duas fatias de mercado consideráveis sentirão sua falta: pequenos produtores rurais e frotas de prestadores de serviços.
Esses segmentos não substituirão o MILLE (leia-se UNO) por esse CARRINHO DA BARBIE.
Vacilão da FIAT! 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Divulgação:


"Vida fodida, mas divertida!":


Ambulante original: carrinho MacLaren de bebê (ampliável).
Celular: HB.

Se você estiver puto da vida, principalmente com o fato de ter residência fixa — aquele lugar onde todos podem achar você, inclusive as autoridades —, pegue um ônibus e vá ao "comércio", "lá embaixo", e sinta-se à vontade; seja FELIZ!
(Não vá de carro, é oneroso em todos os aspectos!)
Há um erro medonho quando chamam aqueles pobres camelôs das adjacências da Presidente Vargas de ambulantes.
Como assim?
Eles estão lá, paradinhos da Silva; na verdade são LOJISTAS DE RUA — integrantes do MSJF*.
Se, "Deus o livre e guarde", vier a ANÃ NINFOMANÍACA (DP) dentro do PIRATEX da FEIURINHA, não se preocupe, eles trocam na hora; ainda mais para vereadores, esses, têm tratamento VIP —Very Important People.
Ambulante de verdade é a senhora da foto que improvisou sua venda em um carrinho de bebê marca MacLaren — mesmo fabricante do modelo que amputa dedinhos de "crioncinhas" nas dobradiças (imagine uma criança montando e desmontando um carrinho: é ONÇA!).
E lá está ela, na boa, ocupando seu espaço temporário (o tempo que ela quiser) na faixa de rolamento da artéria principal do COMÉRCIO INFORMAL.
Interessante mesmo é bater pernas naquele "paraíso":
Vez por outra encontra-se alguém que nos "reconhece" e diz: "—Égua, por onde tua andas, nunca mais a gente se viu?".
Só para emplacar, depois de uma história comprida e "tristonha": "—Porra meu, quebra esse galho, dá uma força aí pro teu amigo comprar um fogão!".
Essa, no fundo, é a parte boa, a da velha malandragem do Comércio que nunca muda.
É cultural e hilária a herança da empáfia da borracha: "UM FOGÃO!"; aplique alto, em?!
Por mais que sejamos saudosos de figuras folclóricas como o trio: Arara, Ararinha e Periquito; ou da solitária e psicodélica Madame Zilda (ou Zildinha) do Café Santos; lembramos particularmente de uma peça rara que bem ilustraria a manha edílica do lugar: O XEIQUE!

*Movimento dos Sem Loja Fixa.

Cadê o IPTU 2010?


SEFIN: às 13h de hoje (ampliável).
Celular: HB.
A SEFIN — Secretaria Municipal de Finanças — não tem jeito, está sempre abarrotada de gente que, na maioria dos casos, tenta negociar dívidas de IPTU — Imposto Predial e Territorial Urbano — de exercícios anteriores.
Ou seja: pessoas que têm a boa intenção de acrescentar dinheiro ao Erário Municipal!
A página da Prefeitura de Belém é um anti-exemplo de serviços online; nada se resolve pela Internet; nem as informações, lá contidas, são atualizadas ou confiáveis.
Será que essa descarada inoperância municipal permitirá que os carnês do IPTU 2010 cheguem, em tempo hábil, às residências?
Ou todos os munícipes serão OBRIGADOS a se dirigir à SEFIN para resolver as costumeiras CAGADAS?
Onde estão os vereadores nessas horas?
Em defesa do cidadão?
Não!
Caçando os perigosos fumantes!
Os juízes deveriam levar em consideração a negligência da PMB em adaptar-se aos meios modernos de gestão e arrecadação antes de qualquer sentença a ela favorável.   

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A marginalização do fumante em Belém:

Os fumantes em Belém do Pará transformaram-se em verdadeiros BANDIDOS.
Podem ser comparados aos homicidas, latrocidas, sequestradores, assaltantes, estupradores, traficantes, pedófilos, etc.; àqueles que a polícia não tem competência alguma para prender, nem inteligência mínima para coibir a barbárie diuturna aniquiladora da capital do Estado — e da extensão de seu território.
Os bares possuem milicianos mercenários para impedir que seus clientes acendam um cigarro, obrigando-os a sair do recinto — assim está o Cosanostra, reduto maior da fumaça, antes da Lei do Barbosinha de Jesus — o PAFÚNCIO.
Quem quiser fumar um "branco" no Cosa, que o faça na calçada e...foda-se se chove!
Em outros cantos os próprios garçons são os patrulheiros prepotentes que censuram os pitadores do alto do "Olimpo" e apontam com o dedo de "Zeus".
Um time de degenerados investido na autoridade delegada por proprietários avessos ao tabagismo ou temerosos da MULTA. 
É o poder entregue às mãos erradas avizinhando-se ao linchamento do indivíduo pagador de tributos, inclusive os embutidos no produto lícito que gera demasiada receita aos cofres públicos: o CIGARRO.  
A Câmara de Vereadores e a Assembleia Legislativa estão de parabéns pela MERDA que fizeram ao cidadão e suas relações sociais e à economia da Cidade e do Estado!
É a hipocrisia de que Belém é o suprassumo do BEM VIVER: a metrópole da equidade.
Esses imbecis, no afã de MOSTRAR SERVIÇO, criam leis estapafúrdias, plenamente desproporcionais à realidade desgraçada que eles fingem inexistir.
Só não dá para FAZER DE CONTA que esses INFAMES (vereadores e deputados) NÃO EXISTEM porque seus salários são elevados demais para o AMPLO DESSERVIÇO que prestam à sociedade.
Legislar não é tarefa para GABIRU!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dicionário gratuito na Internet:


Se você precisa de um dicionário confiável, que, inclusive, pronucie aquelas palavrinhas "duvidosas" do nosso complexo idioma; eis uma solução "de gratis" na Internet: o AULETE DIGITAL.
Não é tão de graça porque carrega consigo algumas propagandas privadas e publicidade pública; mas, é bem melhor que uma "injeção na testa".
Faça o download do AULETE aqui e o mantenha aberto enquanto escreve conectado à WEB.
A vantagem do DICIONÁRIO CONTEMPORÂNEO DA LÍNGUA PORTUGUESA está na aplicação das novas regras do ACORDO ORTOGRÁFICO que poderá ser acessado em qualquer momento na página de consulta que deve ficar de standby no computador.
Você pode contribuir enviando verbetes novos ou ampliando a significação de palavras que nele existam.
Qualquer atitude que não meta a mão no bolso do brasileiro será sempre BEM VINDA!

Sobre o PROJETO CALDAS AULETE:
"O Projeto Caldas Aulete desenvolvido pela Lexikon traz duas grandes inovações: a recriação de um dos mais tradicionais e respeitados registros da língua portuguesa e a reinvenção do próprio conceito de dicionário. Originalmente editado no fim do século XIX, o Caldas Aulete é até hoje um dos mais preciosos bancos de dados da língua portuguesa. A Lexikon Editora Digital está trabalhando para atualizar o conteúdo da obra, que teve sua última edição no Brasil na década de 80. Atualizar o Caldas Aulete significa dar vida nova a uma obra reconhecida por especialistas como um dicionário fundamental, incorporando as mais recentes acepções e os mais modernos conceitos de funcionalidade e praticidade que uma obra de consulta deve ter. É, enfim, reinventar o dicionário. Em 2004 começamos a mostrar os primeiros resultados desse trabalho, com o lançamento da versão míni do Dicionário Caldas Aulete, que logo foi considerado um dos melhores se não o melhor dos minidicionários da língua portuguesa, conforme o testemunho por escrito de seus usuários, dos especialistas em língua portuguesa e do Ministério da Educação que adquiriu centenas de milhares de exemplares para distribuir em salas de aula de ensino fundamental nas escolas públicas. Mas a Lexikon Editora Digital, que sempre inovou no campo dos dicionários, quer mais. Quer mudar o conceito de dicionário. O novo Caldas Aulete não nasceu para ser apenas um livro na estante. Foi criado para interagir com os usuários da língua, para compartilhar e democratizar o conhecimento. Nasceu para ser uma obra aberta, viva, mudando e crescendo junto com a língua, e com isso tornar-se o maior banco de dados do idioma. À tradição do nome Caldas Aulete foi somada a tecnologia dos nossos tempos para levar o dicionário à rede mundial de computadores. O primeiro passo foi dado no final de 2006. Além da versão míni disponível nas livrarias, o Caldas Aulete chega à internet em sua primeira versão, para cuja correção e ampliação todos os usuários da língua portuguesa vão poder colaborar. O Caldas Aulete poderá ser instalado nos computadores de todos os usuários da internet. Um dicionário on-line, que oferecerá o maior banco de dados da língua portuguesa, permanentemente atualizado." Lexikon (http://www.auletedigital.com.br/)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A esculhambação no Largo do Carmo 02:


Vídeo denúncia de Flávo Nassar feito feito hoje, segunda-feira, dia 18 de janeiro, após o segundo domingão de carnaval na Praça do Carmo — bairro da Cidade Velha, Belém do Pará — patrocinado pela CERPA.
A imagem da Cervejaria Paraense S.A. está atrelada a essa "IMUNDICE"!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Assembléia Paraense: o clube enxota o burro!


Foto de junho de 2007, ampliável: o laranja patinado vibra e invade o ambiente dando robustez desnecessária às vigas e aos pilares. Até as bandeirinhas de São João perdem a guerra para o "amarelão".


Fotos de ontem (celular), ampliáveis: revigoração a um passo do acerto: o neve, apesar da neutralidade, também superdimensiona os elementos executados em concreto, acanhando ainda mais a madeira escurecida no tempo pelo acúmulo de vernizes.

Ontem, quinta-feira 14, observamos que o Restaurante Central do clube Assembléia Paraense passa por uma silenciosa revitalização: a pintura de seu arcabouço interno, em concreto.
Impossível entender o porquê de um "concreto oculto", "patinado" em tom alaranjado — precisamente na "cor de burro quando foge".
A superfície primordial, como matéria, contrastaria com o farto madeirame (lamentavelmente escurecido por demãos de verniz), evidenciando a harmonia entre duas tecnologias da construção civil.
Qual fora a concepção do mestre-arquiteto Milton Monte?
Sem dúvida o retorno ao original é a opção da sensatez — não importa qual o seja, diante da "assinatura" autenticada, qualquer bico se cala.
Ainda há tempo a essa providência, sem maiores prejuízos.
Não ocorreu problema semelhante no Complexo Garagem porque as cores utilizadas foram as da identidade visual da agremiação (republican colors*), além de um "cálculo" compositivo e o fato de serem "volumes" externos inter-relacionados — mesmo assim, sua manutenção periódica será fundamental.
Trabalhar com cor está longe de tarefa banal: cor enjoa e prega peças.
Não é à toa que os automóveis mais vendidos no mundo são o prata (25%), o preto (23%), o branco (16%) e o cinza (13%); segundo pesquisa recente da DU PONT.
O branco neve ora aplicado no Central como revestimento definitivo ou aparelho tem alta radiação, fazendo com que pilares e vigas continuem a "relinchar", mesmo que relativamente risonhos; o preto pleno minguaria aquela estrutura, impedindo, pela ausência de contraste, a percepção dos encaixes; então, sobra-nos raciocinar a intermediação, os meios-tons em cinza; justamente a "cor" do concreto, que resinado prateia-se — sem olvidar o clareamento das peças de pau, imprescindível.
Solução miserável sem personalidade textural: CINZA CONCRETO (na tonalidade das pedras vistas na primeira foto).
Solução com custo-benefício, s.m.j. do Monte: REMOVEDOR e RESINA — extensivos, de cara, ao madeiramento.
O sentido é estar longe de um burro no instante em que ele foge, não de conhecer o seu coice.
Se o branco afugentar o bronco todos ficaremos à (e de boa) vontade.


Pesquisa da DU PONT de 2009: preferência global na pintura de automóveis. Se analisados os resultados por continentes e/ou países observa-se que a "simpatia" pelas cores primárias e secundárias tem relações culturais.

*Cores republicanas: França, Estados Unidos, Pará, Pará Clube, AP, etc. têm em suas bandeiras o branco, o azul e o vermelho.

Postscriptum (18/01/2010):
Foi apenas um alarme falso o que chamamos de revitalização do Central.
Ontem, domingo, percebemos que era tão somente um reparo à pátina alaranjada — o branco era mesmo aparelho e não revestimento novo.
Em observação acurada e diurna vê-se que, em alguma manutenção do passado, as madeiras da cobertura daquele restaurante foram pintadas com marrom — é tinta e não verniz, como disséramos —; portanto, a expressividade desse material está encoberta.
Poderiam ter pintado de azul (cobalto), o complementar daquele laraja, faria mais sentido.
Marron não tem complemento, porque, como diria o mestre Rui Meira: "não é cor, é sujeira!".
Para que não digam que o Blog só critica, aqui vai uma sugestão à Diretoria de Patrimônio e ao Presidente do Clube: aumentem o número de telhas de vidro nos lugares determinados como "claraboias", além de iluminar o ambiente durante o dia, melhor se perceberá a estrutura do telhado.