quinta-feira, 28 de agosto de 2008

À semelhança do China in Box: 中华人民共和国.

中华人民共和国 — República Popular da China.

国和共民人华中 — República Popular da Ana Júlia.

Dois líderes políticos relativamente semelhantes:

Apesar do Mao jamais ter escovado os dentes, nessa foto — sem photo-paint — ele estava especialmente feliz e risonho: já comera duas mil, seiscentas e trinta e cinco chinesas. Eta cara popular!!!

Já a nossa Governadora pop star, mesmo com os avançados recursos digitais de retocagem de fotografias, continua esquisita: pouco à vontade para quem goza de tanta popularidade!

Ele era. Ela...se acha!

Fale com a Governadora do Estado do Pará.

Quem quiser se comunicar por e-mail com a Governadora do Estado do Pará através do http://www.pa.gov.br/servicos/alogov/form.asp deverá concordar com o texto:

"Ao acessar o serviço Fale com a Governadora você será responsável pelas informações que gerar. O Governo do Estado do Pará vai observar todas as normas legais aplicáveis visando obter o controle e identificação dos usuários, para, se for o caso, adotar as medidas necessárias, bem como com vistas à obtenção da certificação dos seus controles internos exigida por Leis Internacionais. O Governo do Estado do Pará oferece um espaço para registro de questões de interesse pessoal e da coletividade em geral. O serviço Fale com a Governadora estará disponível no domínio do governo na internet, e servirá como canal de informação à população, em tudo observado à legislação correspondente. Declaro para todos os fins de direito que estou ciente sobre o uso indevido do serviço Fale com a Governadora, que poderá ter conseqüências civis, pelas quais assumo toda e qualquer responsabilidade legal, bem como criminais, pois a presente declaração é feita sob as penas da lei, ciente, portanto, o declarante de que, em caso de falsidade ideológica, ficará sujeito às sanções previstas no Código Penal e às demais cominações legais aplicáveis. Ao utilizar o serviço 'Fale com a Governadora', você declara estar ciente das informações contidas no termo de responsabilidade acima." (http://www.pa.gov.br/servicos/alogov/form.asp)
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Cominação:

[Do lat. comminatione.]

S.f.

1. Ato de cominar.

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Cominar:

[Do lat. comminare.]

V. t. d. e i.

1. Ameaçar com pena ou castigo no caso de infração ou falta de cumprimento de contrato, ou de preceito, ordem, mandato, etc.

2. Impor, prescrever (castigo, pena).
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O Blog titubeou no envio de um e-mail à Governadora; mas esse é, com toda a certeza, um governo "Democrático e Popular":


国和共民人华中

(República Popular da Ana Júlia)

Segurança e escola pública em Belém do Pará.

Em um parágrafo da postagem "Os ridículos vereadores do Brasil" soltamos uma frase contundente:
"Acredite no papagaio e entregue o seu filho ao poder público. Foda-se você e o seu filho!".
Não nos desculparemos pelo dito. A verdade é uma lâmina de bisturi.
O post foi às 16 horas e 43 minutos do dia 25 de agosto de 2008 — segunda-feira.
Enquanto fazíamos as coreções on line, um jovem de 19 anos era assassinado em frente ao portão principal de uma escola pública estadual do Pará: o CEAM (Colégio Estadual Augusto Meira.).
O desmonte da escola pública brasileira se deu na década de 70 do século passado, quando a classe média fora obrigada pela Ditadura Militar a colocar seus filhos em escolas particulares, já que a reforma do ensino previa o curso de auxiliar técnico no 2º grau, não mais preparando-os ao ingresso às universidades (e ao raciocínio crítico), mas ao hipotético mercado de trabalho sem nenhuma competência ou habilidade prática para tal. Desde então a escola pública não é fiscalizada pelos ditos "formadores de opinião" —http://www.marioprataonline.com.br/obra/cronicas/prata000126.html.
Por mais que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional — http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm — tenha revisto a estupidez capitaneada pelo coronel-ministro Jarbas Passarinho, a classe média mantém-se amordaçada, de costas a um direito fundamental.
O cidadão brasileiro paga estratosféricos impostos sobre tudo e é obrigado a arcar com a própria (e dos seus) educação, saúde e segurança.
Saúde e segurança também foram desoneradas do poder público quando a mesma classe média optou pelos planos de saúde e segurança privada.
Não é difícil concluir que a classe média seja a única e exclusiva culpada por sua desgraça política.
Por mais que pudéssemos pagar estudávamos em colégios do governo porque à época escola privada era sinônimo de moleza para passar de ano. Nossos pais eram assíduos às reuniões com os mestres. A escola pública não era abandonada porque havia vigilância da família. Muito antes da existência do "carro popular", os estacionamentos eram lotados pelos automóveis dos professores — que bem cumpriam seus ofícios. Hoje esses estacionamentos, mesmo com a facilidade de financiamentos, estão reduzidos à meia-dúzia de vagas; quando existem.
O estudante morto era aluno daquela escola, bem localizada na capital paraense e merecedora de policiamento regular.
A Cidade precisa de policiamento inteligente e regrado em tempo integral — em pontos críticos e acríticos. Afinal, em sua campanha política, a candidata Ana Júlia Carepa levantou a bandeira da segurança pública para se eleger.
Nada saiu do discurso de campanha e a polícia definha, bem mais que em governos anteriores, em todos os aspectos.
No físico não há percepção de uma corporação estruturada e equipada. Ao contrário: vê-se que o necessário às operações policiais é uma sucata em franca decadência.
No psicológico ninguém dá crédito aos oficiais que em vez de fazer o trabalho para o qual foram academicamente treinados e são pagos, estejam de prontidão nas portas dos bares a pegar propina e fazer vista grossa à estúpida resolução que obriga esses estabelecimentos comerciais a cumprir horário — um vão escancarado à corrupção. Procure uma viatura da Polícia Militar do Estado do Pará entre uma e duas da manhã durante a semana e você a verá na frente desses botecos com seus ocupantes "merendando" — os territórios são fatiados pelas guarnições. No final de semana a coisa é mais leve porque há advogados, jornalistas, delegados e outras autoridades que intimidam essa "ação institucional" da PMPA, porque querem se divertir.
Bares e similares ganham dinheiro e podem pagar pela segurança privada, não carecem de babás recompensadas com dinheiro público e sim da liberdade para gerar emprego e renda — o único modo de reduzir a criminalidade sem paternalismo populista ou "popular" como quer ser intitulado o Governo Ana Júlia.

No Youtube encontramos uma postagem do grupo folclórico Cheiro do Pará, composto por alunos do Colégio Estadual Augusto Meira:

http://br.youtube.com/watch?v=SB-mCidezoQ

Postscriptum:

Durante o ano letivo de 1988 ministramos aulas de artes plásticas no Augusto Meira. O turno da tarde abrigava poucos alunos, uma média de 20 por turma, com maior poder cultural e aquisitivo. O turno da noite era populoso, mais de 60 estudantes por sala, na grande maioria subempregados: prostitutas que iam a caráter para um trottoir pós aulas; feirantes; camelôs; empregadas domésticas; toda a sorte de indivíduos que se empenhavam, mesmo cansados, em concluir o 2º grau para uma "melhoria" na qualidade de vida. O colégio tinha péssimas instalações, era uma verdadeira pocilga, por isso o vandalismo imperava. Se houve ganhos com as adaptações arquitetônicas e equipamentos didáticos, pelo visto, nada aconteceu para que uma filosofia de respeito à essa escola fosse implementada pelo Estado ou pela comunidade usuária. No ano de 1989 fomos transferidos, por permuta, para o antigo DEES/SD — Departamento de Educação Especial/Super Dotados; nada distinto do CEAM, mas com certa "autoridade" por termos ingressado na FEP/FAED — Fundação Educacional do Pará/Faculdade de Educação — e trabalhado com a diretora do DEES: professora Marly Fontenele. Apesar do ingresso por concurso público nas duas instituições de ensino, pedir exoneração de ambas, especialmente da SEDUC, após dois anos de trabalhos forçados (porque seria impossível o prazer) foi mais que sair do inferno! O melhor dia do resto de nossas vidas! Quem lá permanece (na SEDUC), mesmo como zumbi, deveria ser elevado à categoria dos heróis!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Os ridículos vereadores do Brasil.

Propaganda eleitoral na televisão é o fim da picada.
Se você não tem um candidato a vereador, vote na legenda do partido que menos fez merda na sua cidade.
Ou no que seja mais cricri a qualquer prefeito.
Não dê o seu voto ao primeiro palhaço que lhe vier à cabeça — ou que venha da cabeça alheia.
Lembre-se daqueles quatro anos patéticos que a Tribunal Superior Eleitoral chama a atenção todos os dias: o toque melancólico do celular, a mulher que anda em círculos, a abelha zumbindo no ouvido, o cara que perde o tempo no cruzamento do trem; entre outros que ainda possam surgir.
Assista à propaganda eleitoral com dois propósitos: DIVERSÃO e AVERSÃO!
As figuras são caricatas, se vestem de maneira burlesca e fazem pilhérias. Não há exceções: o mais sério é cômico.
Os cavanhaques desenhados revelam os caraxués da República — extraordinária puta.
Se mulheres...as mais esquisitas.
Fato: se ali se enfronham é sinal de esperteza e vilania.
As bandeiras estão unificadas: saúde, educação, habitação e transporte público.
Os discursos são da moda:
1º) Incentivo aos esportes — alusão às Olimpíadas 2008;
2º) Transporte público de qualidade — aquele que a Lei Seca deu fé pública que o possuímos;
3º) Desenvolvimento sustentável e meio ambiente — ninguém sabe do que se trata, mas é “politicamente correto” e chic;
4º) A démodé extinção das filas hospitalares — como se as UNIMED's da vida não as tivessem; e
5º) Escola em tempo integral — até parece que as prefeituras cobrem as demandas municipais nos turnos regulares. Acredite no papagaio e entregue o seu filho ao poder público. Foda-se você e o seu filho!
Tudo é tão bem orquestrado que enxergamos os marqueteiros à sombra de cada um dos pleiteantes aos cargos eletivos municipais do Brasil. Marketing político neste país é coisa manjada: a eleição e o impeachment do Collor saíram do mesmo balaio de gatos, ou, de gatunos.
Lidamos com o sufrágio à administração das nossas próprias urbes. Dos lugares que vivemos e conhecemos tanto os problemas, quando as soluções cabíveis. Não discutamos Marte, China, ou eleições à presidência dos Estados Unidos.
Estamos com os pés na nossa própria terra. Naquela que tem ou não buracos, que espirram ou não lama.
As fotos dos banners são hypér-tratadas em computadores. Nenhum dos candidatos na vida real é do jeito que aparece nas esquinas apoiado — literalmente — pelos mais miseráveis dos eleitores.
A Republica Federativa do Brasil está à mercê de interesses internacionais e nacionais complexos. Há limites intransponíveis que nenhuma cavalgadura ordinária é capaz de ultrapassar. Coices atigem a retaguarda; flancos e vanguarda, em tempo algum.
Quem acredita possuir capacidade de estadista não se submete à exposição televisiva e de outras mídias danosas à imagem pessoal — apelando ao trash ou a ele se submetendo.
Fato: candidatou-se única e exclusivamente pelo poder, pelo tráfego de influências e pelo obeso ordenado reajustável.
Fato: candidatou-se porque perdeu a vergonha, o senso do ridículo, o juízo.
Em Belém os pedintes de votos se referem ao bairro do Guamá e da Terra Firme como se lá tivessem nascido. Nunca pisaram nesses dois territórios populosos, com altos níveis de analfabetismo e violência: um maná do voto de cabresto urbano.
Há os que agradecem a confiança dos eleitores e choram pela reeleição.
Você lembra da fisionomia (cara-de-pau) desses pústulas?
É...mas essas figuras asquerosas parecem íntimas e dispostas a resolver qualquer problema seu e da sua cidade!
Entram pelo seu televisor e cinicamente debocham da sua cara de otário!
É como se o Galvão Bueno tagarelasse as asneiras dele pelos canais da sua tv.
As campanhas políticas no Brasil são pândegas de debilóides!

Blue Space, via Youtube, ilustra este post:

http://br.youtube.com/watch?v=Y7iKGtUMkTY

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Gogo AdSense.

Por uma semana experimentamos o Google AdSense.
Um engodo: acumulamos 0,81 centavos de dólar americano.
Os pagamentos seriam efetuados na marca mínima de US$100.
Até comercial de igreja apareceu: automação infeliz da Google.
Optamos pelo Galinheiro da Vovó, que nos paga em Euro e galinhas nórdicas.
Não há mais vínculo com o Google AdSense, mas com o Gogo* AdSense.
Propaganda neste blog?
Só pagando o preço justo!

Criação: HB.

*Gogo: o mesmo que gosma; doença que ataca a língua das aves, em especial as galináceas.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Amira Kröber: sinestesias in post no blog HB.

Conhecemos a Amira em 1998, na capital paulista. Em julho passado ela veio à Belém com o Erasmo Vanderlei. Reencontramo-nos na AP. Ficamos juntos em Salinas.
Bela e tímida. Trinta anos. Escreve compulsivamente sobre a urbe universale. Nada publicou.
Depois de muitas negativas topou enviar escritos para posts no HB.
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Amira Kröber
Manga-Rosa.
Meg acorda. Apressada vai ao bar da esquina e pede um bourbon. São duas da manhã e Elena não chega. É o quinto Jack Daniels. Um rapaz senta-se ao seu lado no balcão. Meg fita Joel e pergunta: —Quer foder? Atônito ele responde: —Foder com você?
O primeiro beijo é a tréplica. O quarto, na cama, dura um tempo.
Elena chega ao Pulp Fiction às três e meia.
Joel e Meg trepam loucos da manga-rosa. Há três anos ele repousa na represa Billings.

Estação Tucuruvi.

Sábado, 15:30. Tédio no vagão do metrô. Um negro aproxima-se: ele fede. Flávia não resiste e cruza suas roliças pernas brancas ao encará-lo.
Estação Tucuruvi: ele desce, ela o segue à Menino Jesus. No vazio da nave ela treme e umedece. Tirando a calcinha, caminha ao altar. Júlio reza, está desempregado. Flávia murmura a Júlio: “venha!”. Ele a acompanha até uma coluna do centro — à esquerda da saída. Flávia levanta o vestido à altura da cintura. Ajoelha-se aberta.
Casaram-se naquele templo ontem.

Tia Bebel.
Acácio, 19 anos, está prestes a ser linchado por populares. Matou a família: pai, mãe, três irmãos mais novos e a prima de dois anos. Não há escapatória possível. Duas pauladas já o acertaram. Seu rosto sangra.
Ontem Izabel, sua única tia, deixou Camila na casa dos pais de Acácio. Ao passar pelo quarto de Acácio entrou. Deitou-se em sua cama. Baixou seus shorts. Fez-lhe a felação.
Desde os três anos Acácio padecera com isso.

O depoimento da Gabi.
—Quem vai pro aniversário do BanBan?
—Todo mundo: haverá balas e doces!
—Ai rapeize, vamos pro BanBan!
Treze horas de van até o sítio do BanBan, em Caçador — Santa Catarina. No caminho rolou de tudo. Eram cinco mulheres e quatro homens. O motorista, dos pampa, transou comigo umas três vezes, quando o Armandinho dirigia a van.
Chegamos às onze da noite. Tudo apagado no sítio. Entramos em silêncio. Assustamo-nos pela surpresa do acender das luzes e da cantoria: “hoje é o aniversário do BanBan...BanBan, BanBan, BanBan!”. Grandes mesas e gente alucinadíssima. Só faltou o lunático Syd Barret sobre a grama repetindo I see the dark side of the moon.
“Na van tem mais munição pra 'Rave do Ano'” — disse o Klabin.
Quatro horas depois anunciaram o beijo nas bandejas.
Beijo nas bandejas? O que seria o “beijo nas bandejas”? Eu nada sabia de “beijo nas bandejas”!
Nove bandejas cobertas com panos de prato bordados foram postas na maior das tables: ao ar livre, sob um luão medonho. Formou-se uma fila para beijá-las. Como eu estava chapada, fiquei a um quilômetro de distância, esperando a vez. Custei a entender que nas bandejas estavam oito cabeças de famiares do BanBan. A nona era do gaúcho.

Sorbeli.
Jardim de Alá: Cruzada. Jorginho leva Ana para pegar a muca. Tudo combinado. Nada falhara em dois anos.
—Cadê o Marcelão seu Antonio?
—Tá aqui! Sobe maluco!
Jorginho vai de escadaria. Elevador na Cruzada? Quarto andar.
—E aí seu Antonio? Tudo na paz?
—Na paz o caralho! Filho da puta!
Quinze minutos de silêncio. Ana corre à Lagoa. Deu merda.
Ana Maria Sorbeli. 16 anos. Amanheceu pela metade na draga do Leblon. Direção contrária.

Shimeji.
Liberdade. Ken serve teriaki de frango ao casal japonês. Henrique espia Ken. Ronaldo acompanha Henrique no almoço. Não conhecia o bairro nipônico.
Terça vazia. Ken segue o corredor em direção à cozinha.
Aiko atende Ronaldo e Henrique. Salmão com shimeji.
Henrique vai ao toilette.
Doze minutos. Henrique retorna suado. Sorriso cínico.
—Que houve?
—Enrabei o Ken!
—Quem?

The Hunger
—Cismou por quê? Tá batom?
—Sem deboche. Linda!
—Beijo!
Melissinha se foi. Eterna lady.

The Hunger 02
Raquel é da noite. Diego não.
O brejo é imaculado.
Diego se encanta. Faz bobagem e mais bobagem.
Raquel pressente a cagada.
Senta o irmão à mesa de Rosana — pedagoga.
Pelo tête-à-tête com Raquel, Rosana joga um roast beef nos peitos de Diego.
Por um triz.

amirakrober@gmail.com


http://br.youtube.com/watch?v=q-mAE3kAYuk

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Lei Seca: Brasil promove-se ao primeiro mundo por veleidade do Congresso:

Na Ditadura Militar o inimigo tinha identidade e endereço conhecidos, hoje ele se esconde no Estado de Direito: um ente abstrato e míope que vislumbra o "bem geral"; ou: o "politicamente correto".
A máxima do velho coronel Jarbas Passarinho, acreano e ministro de três governos militares, continua valendo: "O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil".
A Lei Seca, na marra, minimizará sinistros no trânsito, mas seus efeitos colaterais na economia brasileira e no precário sistema judiciário, entre muitos outros, estão por vir.
Quem comprará um novo automóvel consciente de que dirigí-lo dependerá de um reles copo de cerveja?
Quantos de nós penaremos pelas delegacias e tribunais porque jantamos entre uma taça de vinho e outra?
Deixar de ser réu primário por uma tolice é o contrasenso da Lei Seca, que do modo anterior não fora aplicada com o rigor devido.
Por enquando é moda que os meios de comunicação dêem a cobertura que inibe a corrupção.
Brevemente essa aberrada regra será o caixa 02 daqueles que a farão cumprir — com toda a prepotência dos regimes de exceção.
É como se o Congresso Nacional passasse um cheque em branco à merenda dos cambistas que negociam os ingressos do Circo Brasil.
Em um país com mais oportunidades e menos infortúnios beber-se-ia muito menos.
Um transporte público digno tiraria significativamente automóveis de circulação tanto em cidades quanto em estradas: dirigir não é uma paixão brasileira, é uma necessidade imperiosa em todo o território nacional, que não é coberto sequer por razoáveis rodovias — vide os "rebites" que "ligam" os caminhoneiros para enfrentá-las.
Os deputados e senadores da República concluíram que a anfetamina das balas e doces (êxtase, microponto, LSD de araque, etc.) e o tetrahydrocannabinol dos contemplativos (maconha, haxixe, etc.) são menos nocivos à direção de carros que o álcool etílico.
Por que a Lei Seca não foi matéria de Referendo Popular como ocorreu com o Desarmamento?
Beber e dirigir será um direito exclusivo dos que decoraram aforismos no latim arcaico?
Aliás, a ditadura do "Estado de Direito" tem toda a sua ideologia tabulada nessa língua morta.
Todo esse escarcéu é um péssimo trago goela abaixo do cidadão comum.

http://br.youtube.com/watch?v=YHLTS60o4yM

Cabe uma emenda sensata à Lei Seca "somente em caso de sinistro com vítimas o condutor será submetido ao exame de dosagem alcoólica sanguínea tendo o resultado que ser anexado ao inquerito policial..." Quem garantirá a veracidade do teste de um bafômetro passível de defeitos e adulterações? A não ser que você possua o seu próprio etilômetro para provar que está sóbrio e ele seja aceito pela autoridade policial — preferencialmente sem o dicromato de potássio. Do modo despótico como se comportam os guardas, quem dá fiança de que uma guarnição não arme uma arapuca aos mais exaltados, afinal, o poder nas mãos deles está.

A compra superfaturada dos bafômetros é algo que também baila pela Internet, mas não temos dados confiáveis para aqui discutir.

Existem atitudes que reduziriam acidentes, mas dão mais trabalho que montar uma Blitzkrieg (ao modo nazista) e garantir um troco: mapear e sinalizar presencialmente áreas de riscos nas estradas; controlar o tráfego de bibicletas, carroças e sucatas nas cidades; fiscalizar a execução dos reparos na totalidade das vias públicas municipais, estaduais e federais; fazer cumprir o Código de Trânsito Brasileiro no quesito segurança do veículo; tornar o acostamento imprescindível em todas as estradas do Brasil; eliminar lombadas, substituindo-as por radar; et cetera.

O certo é que há bêbados de vários naipes e índoles: no vídeo há um espirituoso (literalmente). Do outro lado há policiais muito mal preparados e remunerados a espera de uma oportunidade para tirar o pé da lama. A Lei Seca é igual para todos e todos somos bastante distintos.

Data veniã: consensus omnium: pro Brasilia fiant eximia!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O Pará é broxa e a águia guianense galinha.

Reergueremos duas bandeiras antigas, ou para retomar as campanhas, ou para deixar registrado que o Pará é broxa e a águia guianense uma galinha.

E-mail endereçado ao Governador do Estado do Pará e à Assembléia Legislativa do Estado do Pará:

Dr. Almir, Cure o Nosso Tesão!

A bandeira brasileira protagonizou o espetáculo do penta, e isso é indiscutível — vide as imagens dos jogadores usando o mais popular símbolo nacional como manto. O tão místico e já modernizado uniforme amarelo sucumbiu à força de um velho pano costurado em novembro de 1889.
Quem copiou quem? Os atletas imitaram os torcedores, ou foi o contrário? Pouco importa. O sentimento de nacionalidade emergiu. Estávamos em “guerra”, vencemos, e a desforra, se houver, só daqui a quatro anos.
Terrorismo não nos preocupa: todos os alemães-bomba já explodiram.
Um símbolo vai mais longe que sua forma ou conteúdo, vale o que representa — esse arremesso geralmente se dá pelos ardis de um marketing (ideológico, político ou econômico-financeiro).
Hitler condenou ao degredo uma bem resolvida figura gamada: a cruz suástica. O que antes de Cristo representava felicidade, saudação e salvação; hoje nos remete às barbáries do nazismo.
Já o Felipão recorreu a um lema que precede a invenção do futebol: “Amor, Ordem e Progresso”. Ordem e Progresso fazem parte do pavilhão nacional. O Amor foi por conta e risco de um técnico “cabeça-dura” que se embebedou na fonte de Auguste Comte — o catecismo positivista: Amor como princípio, ordem como base e progresso como objetivo.
Mas doutor Almir Gabriel, e se nós tivéssemos um “Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de Futebol”, como ficaria o nosso Pará, estrela de primeira grandeza, solitária no firmamento do Brasil na noite da Proclamação da República? Escolheríamos o estandarte do Payssandu ou o do Remo?
Fizemos parecido na adesão do Pará à Proclamação da República, quando tremulou o pendão do Clube Republicano Paraense. Esse mesmo distintivo transformou-se em bandeira municipal e depois estadual — a mesmíssima que temos hoje.
Render homenagem a duas marcas republicanas datadas, neste caso, não dói: Pará Clube e Assembléia Paraense. Já observamos que a significação é dinâmica e está muito além da realidade cronológica.
O malfadado detalhe é que a bandeira paraense é broxa, visivelmente impotente na sua compleição física.
Tudo bem, ela não é a única dentre as vinte e sete estaduais; por coincidência, ou não, a do Paraná também o é. Seria esse o motivo de confundirem Pará com Paraná?
Acre, Mato Grosso do Sul, Roraima, Rio Grande do Sul e Tocantins não têm essa disfunção eréctil. As faixas (ou "emendas") que elas ostentam estão no sentido vetorial positivo, tal qual uma função crescente de primeiro grau representada no plano cartesiano. Ou, para clarificar, semelhantes àqueles gráficos usados nas campanhas eleitorais que demonstram a plena ascensão de um candidato — remédio de efeito visual imediato.
A Lei nº 912 de 09 de novembro de 1903 sancionada por Augusto Montenegro cria o nosso Escudo d’Armas. Além de ratificar a doença presente no lábaro parauara desde 03 de julho de 1898, dá-lhe a dimensão angular de exatos 45 graus, para baixo, é claro — ou para o sul, como justificou, à época, o historiador e geógrafo Henrique Santa Rosa, evocando a trajetória da Espiga da constelação de Virgem, estrela mais brilhante do firmamento, sobre o território estadual.

Vossa Excelência tem que entender que ainda somos a Spica do Brasil e não a Ex.
Se estamos acima da “Ordem e do progresso”, só nos resta o “Amor”, e isso, invariavelmente, leva ao sexo. Se continuamos Spica Virginis, o problema está na bandeira, não na gente.
Consertar o nosso pendão não é tarefa das mais difíceis. Mande um Projeto de Lei à Assembléia Legislativa com estas justificativas. Eles serão sensíveis à causa, afinal de contas, a ausência de virilidade será sempre vista como coletiva (vai do miserável ribeirinho ao glamouroso governador).
O Felipão, através de uma proposição encontrada no passado da bandeira, criou o conceito fenomenal de “família Scolari”.
Nós paraenses, que há muito nos identificamos como “família Spica”, só precisamos da inversão de uma tirinha branca para ter opinião, um falo próprio — sui generis.
Uma banalidade subliminar que modificaria o nosso comportamento caboclo — seríamos mais espertos, como no tempo dos cabanos, quando essa simbologia nem sonhava em existir.
Mas se não der doutor Almir, tudo bem! Nem se aperreie!
A gente vai se contentando com a bandeirola de açaí que todo o mundo já conhece: vermelha, com flecha ligeiramente torta pra cima, evocando de modo sutil, o singular “aqui tem”.
E se assim o é, o Pará sempre foi, e sempre será, a verdadeira e única terra da
Spica.

Haroldo Baleixe
Belém, 03 de julho de 2002.

"Elucubrações* de Carnaval" publicado no Flogão em fevereiro de 2007:

*Elucubrações: a grafia "elocubrações" está incorreta na página acima, que você abrirá com um clique para ler o conteúdo.

Símbolo Masculino: virilidade em exatos 45º à direita.

Sugestão do Blog:

Inversão da bandeira do Acre preservando as cores republicanas e ampliando a estrela, agora branca. A faixa desaparece e o azul assume a área superior direita representando parte do firmamento e o rubro solo paraense (do ocaso) — essa junção propicia que a "costura" seja entendida como linha do horizonte, atenuando a negatividade da "função". De acordo com a intenção do autor da versão original: a trajetória da estrela é vista a partir do nascente — do leste. Com o ajuste aos 45º (também idéia do Santa Rosa), a nossa Spica estará tesa no céu do Pará, porque essa contraforça positiva da estrela de cinco pontas também anula o decrescer da linha — hipotenusa comum aos dois triângulos retângulos.

A bandeira original seria uma "planta" e esta proposta uma representação da percepção espacial tida pelo autor.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Novidades no blog: relógio e contador de visitantes.

Instalamos o Histats (http://www.histats.com/) como mais um analista de navegação e o Clocklink (http://www.clocklink.com/) como relógio indicador do horário de Belém do Pará — sede do blog.
A regulagem do contador animado, postado no rodapé da página, foi feita a partir dos dados coletados no Google Analitycs. O Histats informa o número de páginas já vistas (hits); das páginas visitadas somente na data, até a meia-noite (hits hoy); o número total de visitantes; o número de visitantes do dia (visitantes hoy); e a quantidade de internautas online.
O Google Analitycs apresenta seu relatório de 24 em 24 horas; o Histats informa as contagens no próprio blog, online, disponibilizando, no site, o levantamento completo das visitações.
Quando publicarmos a aferição do mês de agosto do G. A., poderemos compará-la aos números expressos no contador H..
As dicas para essas implementações foram obtidas em http://dicasblogger.blogspot.com/2008/05/qual-o-melhor-contador-para-blogs.html, para a opção do contador da Histats e http://superdicasss.blogspot.com/2008/05/relogios-para-blog.html, para o relógio que catamos na galeria do Clocklink.
Criar um blog é a coisa mais fácil do mundo: experimente!!!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O oráculo: páginas de agenda e outros rabiscos.

O videoclipe abaixo mostra uma coletânea de trabalhos, sem ordem cronológica, postados no fotolog Flogão — a Riachuelo da Internet — uma excelente via para trottoir. Esse site será, pelos motivos óbvios, por nós abandonado em breve, contudo, seu material deverá migrar para o blog em postagens novas ou redistribuído nas antigas.
Há um projeto de levantamento de material pictórico e gráfico antigos que não estão em nosso poder, mas paulatinamente deverão ser registrados e editados para que todos tenham acesso.
Com paciência chegaremos nalgum lugar, só não sabemos exatamente onde e quando.


http://br.youtube.com/watch?v=40yt5oGWr_I

sábado, 2 de agosto de 2008

Google Analytics: relatório do mês de julho.

Este blog não possui um "contador" de visitantes, mas o cricri Google Analytics, que faz uma análise acurada daqueles que por aqui navegam. Vez por outra postaremos a parte relevante do relatório para que todos tenham noção de por quantas anda o nosso blog que, em 16 de agosto próximo, completará quatro meses de atividade:

Imagens ampliáveis por clique.