A máxima do velho coronel Jarbas Passarinho, acreano e ministro de três governos militares, continua valendo: "O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil".
A Lei Seca, na marra, minimizará sinistros no trânsito, mas seus efeitos colaterais na economia brasileira e no precário sistema judiciário, entre muitos outros, estão por vir.
Quem comprará um novo automóvel consciente de que dirigí-lo dependerá de um reles copo de cerveja?
Quantos de nós penaremos pelas delegacias e tribunais porque jantamos entre uma taça de vinho e outra?
Deixar de ser réu primário por uma tolice é o contrasenso da Lei Seca, que do modo anterior não fora aplicada com o rigor devido.
Por enquando é moda que os meios de comunicação dêem a cobertura que inibe a corrupção.
Brevemente essa aberrada regra será o caixa 02 daqueles que a farão cumprir — com toda a prepotência dos regimes de exceção.
Em um país com mais oportunidades e menos infortúnios beber-se-ia muito menos.
http://br.youtube.com/watch?v=YHLTS60o4yM
Cabe uma emenda sensata à Lei Seca "somente em caso de sinistro com vítimas o condutor será submetido ao exame de dosagem alcoólica sanguínea tendo o resultado que ser anexado ao inquerito policial..." Quem garantirá a veracidade do teste de um bafômetro passível de defeitos e adulterações? A não ser que você possua o seu próprio etilômetro para provar que está sóbrio e ele seja aceito pela autoridade policial — preferencialmente sem o dicromato de potássio. Do modo despótico como se comportam os guardas, quem dá fiança de que uma guarnição não arme uma arapuca aos mais exaltados, afinal, o poder nas mãos deles está.
A compra superfaturada dos bafômetros é algo que também baila pela Internet, mas não temos dados confiáveis para aqui discutir.
Existem atitudes que reduziriam acidentes, mas dão mais trabalho que montar uma Blitzkrieg (ao modo nazista) e garantir um troco: mapear e sinalizar presencialmente áreas de riscos nas estradas; controlar o tráfego de bibicletas, carroças e sucatas nas cidades; fiscalizar a execução dos reparos na totalidade das vias públicas municipais, estaduais e federais; fazer cumprir o Código de Trânsito Brasileiro no quesito segurança do veículo; tornar o acostamento imprescindível em todas as estradas do Brasil; eliminar lombadas, substituindo-as por radar; et cetera.
O certo é que há bêbados de vários naipes e índoles: no vídeo há um espirituoso (literalmente). Do outro lado há policiais muito mal preparados e remunerados a espera de uma oportunidade para tirar o pé da lama. A Lei Seca é igual para todos e todos somos bastante distintos.
Data veniã: consensus omnium: pro Brasilia fiant eximia!
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