segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Os ridículos vereadores do Brasil.

Propaganda eleitoral na televisão é o fim da picada.
Se você não tem um candidato a vereador, vote na legenda do partido que menos fez merda na sua cidade.
Ou no que seja mais cricri a qualquer prefeito.
Não dê o seu voto ao primeiro palhaço que lhe vier à cabeça — ou que venha da cabeça alheia.
Lembre-se daqueles quatro anos patéticos que a Tribunal Superior Eleitoral chama a atenção todos os dias: o toque melancólico do celular, a mulher que anda em círculos, a abelha zumbindo no ouvido, o cara que perde o tempo no cruzamento do trem; entre outros que ainda possam surgir.
Assista à propaganda eleitoral com dois propósitos: DIVERSÃO e AVERSÃO!
As figuras são caricatas, se vestem de maneira burlesca e fazem pilhérias. Não há exceções: o mais sério é cômico.
Os cavanhaques desenhados revelam os caraxués da República — extraordinária puta.
Se mulheres...as mais esquisitas.
Fato: se ali se enfronham é sinal de esperteza e vilania.
As bandeiras estão unificadas: saúde, educação, habitação e transporte público.
Os discursos são da moda:
1º) Incentivo aos esportes — alusão às Olimpíadas 2008;
2º) Transporte público de qualidade — aquele que a Lei Seca deu fé pública que o possuímos;
3º) Desenvolvimento sustentável e meio ambiente — ninguém sabe do que se trata, mas é “politicamente correto” e chic;
4º) A démodé extinção das filas hospitalares — como se as UNIMED's da vida não as tivessem; e
5º) Escola em tempo integral — até parece que as prefeituras cobrem as demandas municipais nos turnos regulares. Acredite no papagaio e entregue o seu filho ao poder público. Foda-se você e o seu filho!
Tudo é tão bem orquestrado que enxergamos os marqueteiros à sombra de cada um dos pleiteantes aos cargos eletivos municipais do Brasil. Marketing político neste país é coisa manjada: a eleição e o impeachment do Collor saíram do mesmo balaio de gatos, ou, de gatunos.
Lidamos com o sufrágio à administração das nossas próprias urbes. Dos lugares que vivemos e conhecemos tanto os problemas, quando as soluções cabíveis. Não discutamos Marte, China, ou eleições à presidência dos Estados Unidos.
Estamos com os pés na nossa própria terra. Naquela que tem ou não buracos, que espirram ou não lama.
As fotos dos banners são hypér-tratadas em computadores. Nenhum dos candidatos na vida real é do jeito que aparece nas esquinas apoiado — literalmente — pelos mais miseráveis dos eleitores.
A Republica Federativa do Brasil está à mercê de interesses internacionais e nacionais complexos. Há limites intransponíveis que nenhuma cavalgadura ordinária é capaz de ultrapassar. Coices atigem a retaguarda; flancos e vanguarda, em tempo algum.
Quem acredita possuir capacidade de estadista não se submete à exposição televisiva e de outras mídias danosas à imagem pessoal — apelando ao trash ou a ele se submetendo.
Fato: candidatou-se única e exclusivamente pelo poder, pelo tráfego de influências e pelo obeso ordenado reajustável.
Fato: candidatou-se porque perdeu a vergonha, o senso do ridículo, o juízo.
Em Belém os pedintes de votos se referem ao bairro do Guamá e da Terra Firme como se lá tivessem nascido. Nunca pisaram nesses dois territórios populosos, com altos níveis de analfabetismo e violência: um maná do voto de cabresto urbano.
Há os que agradecem a confiança dos eleitores e choram pela reeleição.
Você lembra da fisionomia (cara-de-pau) desses pústulas?
É...mas essas figuras asquerosas parecem íntimas e dispostas a resolver qualquer problema seu e da sua cidade!
Entram pelo seu televisor e cinicamente debocham da sua cara de otário!
É como se o Galvão Bueno tagarelasse as asneiras dele pelos canais da sua tv.
As campanhas políticas no Brasil são pândegas de debilóides!

Blue Space, via Youtube, ilustra este post:

http://br.youtube.com/watch?v=Y7iKGtUMkTY

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