Tapumes: uma série que utilizou "ferramentas" da chamada "Geração 80" sem curvar-se ao seu modismo.
"Osmar Pinheiro, pintor sólido, realiza uma síntese mais pessoal e ganhou o prêmio viagem"; assim a revista Afinal Nº50, de 13 de agosto de 1985, registrou a performance de um artista paraense no III Salão Paulista de Arte Contemporânea (versão mais marcante).
A década de 1980 fez pipocar salões pelos quatro cantos do país — era a liberdade de expressão visual provocando o rescaldo fedorento da Ditadura Militar.
Foram anos dourados à produção plástica: artistas que estavam na estrada se firmaram e novatos galgaram seus currículos; todos disputando espaço em salões de arte, sem apadrinhamentos.
A revista Afinal demonstra o crivo provocado pela Secretaria de Estado de Cultura de São Paulo a todo o Brasil em 1985:
1. "O grande objetivo era um só: organizar um salão de nível nacional para mapear a produção artística de todo o País";
2. "...a bandeira paulista usada como símbolo do evento teve suas listras pintadas em verde e amarelo.";
3. "Para atrair artistas de todo o País, foi estabelecido um total de 60 milhões de cruzeiros em prêmios, sendo que ao primeiro colocado coube 20 milhões. Esses valores, atualmente sem paralelo no circuito de salões, acabaram gerando 1.400 inscrições. Depois de São Paulo (1.022 inscritos), os Estados que mais enviaram obras foram Rio de Janeiro (117), Rio Grande do Sul (52) e Minas Gerais (47)."; e
4. "Apenas 10% desse total — 420 obras de 169 artistas foram selecionadas..."
Essa certificação esclarece que a cultura, pela via das artes plásticas (hoje visuais), fora valorizada há 25 anos; talvez um ápice — o ponto máximo da parábola, exatamente no meio daquele decênio de outrora.
A controvérsia postada "Em defesa da obra de Osmar Pinheiro Júnior:" poderia respaldar-se nesse escrito, pois a figura do "protegido" ficara na conta dos golpistas de 1964.
Então, sem discutir a competência do artista-grafiteiro paulistano Eduardo Kobra — que nem nos caberia —, questionaremos apenas o modelo despótico aplicado na sua escolha.
O Blog HB fez a "Divulgação: Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia:", um projeto do jornal Diário do Pará que disponibilizará 30 mil Reais em prêmios para todo o Território Nacional; certame com o melhor dispositivo democrático: "sem peixinhos".
Osmar Pinheiro de Souza Júnior, exatamente no ano que produziu o trabalho no Ver-o-peso, passara por uma peneira absurda: fora um vencedor dentre tantos brasileiros ávidos pela glória do Salão Paulista — uma "licença", salvaguardadas as devidas proporções, de "007".
Por que o Hangar, como "mecenas", designou um autor estranho para criar uma "obra de arte" à Cidade apondo-se a de um belenense ilustre?
"Nunca antes na história..." se viu DESPAUTÉRIO semelhante!
Piada de muito mau gosto com enredo desrespeitoso a uma categoria profissional; e ao Secretário de Cultura, obviamente!
Quem deu esse laudo terminal; algum expert?
Ou é porque o Almir Gabriel estaria na balaustrada do sobrado pintado?
Bricadeirinha, de novo, o Osmar poderia estar tirando sarro com a cara de todos na época; assim o fez na Reunião Anual da SBPC — Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência — de 1983 com o Capitão América, tripudiando os agentes de Octávio Aguiar de Medeiros, a postos na UFPA.
Transgredir é a mais nobre, se não a única, serventia do artista!
O certo é que a Turma do Hangar induziu todos ao W.O. e PT SAUDAÇÕES!
Uma MEDONHA DISSIMULAÇÃO: FARDA de péssimo caimento em governo dito "POPULAR"!
Blog HB
Postscriptum:
Curiosidade encontrada na Internet: "VIII Prêmio Colunistas Nacional 1975" à Mendes Publicidade.
Sigam o link ou ampliem para ler a composição da equipe na elipse vermelha:
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