segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Belém do Pará: o escambau ilustrado.


Colagem digital: HB.

Você entende a hibridez representada acima?
É a fusão de uma churrasqueira portátil, um guarda-sol e uma geladeira de camping a uma bicicleta de carga.
Uma "invenção" simples que, no frigir dos ovos, ficou "bonitinha" como estampa — seus componentes foram catados na Internet.
O belenense é craque na arte do engendramento: na "arte", não na ciência.
Daqui do arrabalde se vê todo tipo de adaptação sobre rodas para ganhar um troco.
Tal qual o resto do mundo miserável, somos especialistas em desserviços, porque quando não há um mínimo de engenharia e bom senso, essas gambiarras tornam-se belicosas.
Troço semelhante à ilustração, pelo menos no princípio arquitetural, vimos a trafegar na contramão da ciclovia da Primeiro de Dezembro no rush das 18:30h, expulsando os raríssimos bicicleteiros corretos — assim os expelem durante o dia os entregadores de água e gás, os carroceiros e outros empreendedores que nem imaginam razão na disposição das vias e suas ordenações e jamais foram instruídos para entendê-las.
Considerando que 99,99% dos usuários regulares de bicicletas são marginais às leis de trânsito, os pedestres são os reféns, pois não há como, no tempo, dominar 360° de incertezas direcionais para atravessar uma faixa de rolamento.
Mas, voltemos à engenhoca:
O condutor doidivanas trafegava da Curuzu em direção ao seu point eventual: a entrada do Ginásio de Esportes* da Escola Superior de Educação Física da UEPA — Universidade do Estado do Pará.
A velocidade e o contrafluxo excitaram as labaredas do fogareiro transformando aquela geringonça junto com seu esperto pedalador em um dragão escarrante de brasa e fogo — uma besta apocalíptica chamuscadora de pessoas dentro e fora de veículos.
Na realidade esse pandemônio chama-se PIRODINÂMICA APLICADA ao churrasquinho de gato — uma metodologia passada de pai para filho, da puta, claro.
Se o raciocínio ideológico da Câmara Municial de Belém e da Assembléia Legislativa do Estado do Pará é  de moral aleijada viciada em dízimos, por que o comportamento da arraia-miúda, fadada à ignorância, seria virtuoso?
PROIBIR FUMAR  foi só uma PRIMEIRA IMUNDICE — referente ao desenvolvimento sustentável do pastoreio no imaginário planeta JESUS.
Do mesmo modo a fire bick pode ser precursora do terrorismo-citadino-periférico ante ao caudilhismo-bíblico-sovaqueiro.
(Em português desenrolado: PASTOR MANIPULA FIEL!)
(Em português mais desenrolado ainda: A LYCRA** LIBERTA A FIEL, MAS É MAIS CARA!)

*Esse local, que já viu glamour na proficiência de sua função pública, hoje é palco de encontros evangélicos e shows de vale-tudo.
No que exorcismo e pancadaria contribuem à educação ou à cultura de Belém ou do Pará?
Melhor fechá-lo, já que é tão inútil quanto um boteco aberto até às 02:00h.
Que saudade dos Três Patetas, pelo menos tinham eles arcabouço político e base conceitual; e nós, o "direito" de matá-los!
**Se tivéssemos posto ESCOLA LAICA seria impraticável, não sobrariam os 10% da crente para sustentar a corja da fé; o que não configuraria liberdade, mas a expulsão por inadimplência pós lascívia.

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