sábado, 11 de julho de 2009

Henri Charrière: o maior farsante da literatura mundial.

"Prezado Haroldo
Meu livro: “Papillon O Homem Que Enganou O Mundo” edição atualizada chega às livrarias de todo o Brasil em agosto, provavelmente será lançado na Bienal do Rio de Janeiro, foram 15 anos de investigação!
Foram realizadas quatro perícias a mais recente a dos Peritos Federais Brasileiros considerados os melhores de todo o planeta! Verdades que eles fizeram questão de divulgar em seu site, com o título PERITO DA POLICIA FEDERAL ENCONTRA EM RORAIMA O VERDADEIRO PAPILLON
http://plataopapillon.com.br/papillon/index.php?option=com_content&task=view&id=1&Itemid=1
EL DORADO A GRANDE MENTIRA DE HENRI CHARRIÈRE:
http://74.125.47.132/search?q=cache:99_u28VbyGgJ:www.jornalorebate.com/colunistas2/pla1.htm+El+Dorado%2BPapillon&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
BLOG PAPILLON:
http://74.125.95.132/search?q=cache:NnZGR8PfZ_kJ:www.plataopapillon.blogspot.com/+Normandia%2BPapillon&cd=13&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Favor divulgar essa verdade.
OBS.: Em anexo resumo da pesquisa.
Obrigado,
aguardo contato,
Platão Arantes."
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A VERDADEIRA HISTÓRIA DE PAPILLON (Resumo da Pesquisa)
Por Platão Arantes

Atendendo ao pedido de um cineasta, o fugitivo escritor René Belbenoit, autor do livro Dry Guillotine, publicado nos Estados Unidos em 1938, resolveu readaptar sua história para o cinema. Ele aproveitou e reescreveu um novo livro. Como não podia assiná-lo como René Belbenoit, pois estaria desmentindo o que escrevera em Dry Guillotine (lá havia afirmado que fugira acompanhado de oito homens), resolveu assinar com seu cognome e assim surgiu Papillon. Tinha cedido às imposições mercadológicas da subcultura hollywoodiana e contava que sua fuga fora feita exclusivamente por ele, sem nenhuma ajuda ou acompanhamento. Pesando apenas 15 quilos, Belbenoit encontrou sérias dificuldades em enviar os manuscritos para seu “xará” que morava nos Estados Unidos.
O então Território Federal do Rio Branco (hoje Estado de Roraima) não dispunha de boas estradas e o correio era deficiente e nada confiável à época. Foi aí que Belbenoit lembrou que seu companheiro Henri Charrière morava em Caracas e que trabalhava numa empresa, cuja principal atividade era exportar crustáceos, em especial para os Estados Unidos. Dessa forma, resolveu enviar os manuscritos ao amigo, de modo que Henri os fizesse chegar ao seu destino. Aproveitando-se da ida de seu sócio Zé Alemão a Caracas, onde fazia compras para abastecer o comércio local, René mandou o pacote.
Charrière o guardou e ficou à espera de um navio que fosse para a terra do “Tio Sam”. Dias e meses se passaram e Henri esqueceu de encaminhar a encomenda. Três anos depois, em 1959, ele ouviu no rádio uma notícia que chamou sua atenção: “Faleceu na Califórnia, nos Estados Unidos, o escritor René Belbenoit”. Naquele momento, ele lembrou-se do pacote, foi até o depósito e o pegou, abriu um dos cadernos totalmente preenchido com uma letra muito miúda e observou que o texto estava escrito em inglês, apesar de não dominar a língua.
Sem saber o que fazer com aquilo, Henri guardou durante muito tempo os manuscritos. Contudo, após o terremoto que destruiu boa parte de Caracas em 28 de julho de 1967, quando a família Charrière teve grandes perdas materiais, Henri redescobriu os cadernos de Belbenoit entre os escombros e teve a ideia de reescrevê-los, a fim de parecer que era a história da sua vida. Seu objetivo (claramente declarado posteriormente) foi o de ganhar dinheiro para cobrir o prejuízo.
Charrière entregou os manuscritos para o jornalista francês Jean Maille de Fronfrais, correspondente em Caracas da Agência France Press, (e cliente do seu restaurante Mi vaca y yo). Depois das necessárias explicações, solicitou que ele lesse o material e o adaptasse. Fronfrais viu naqueles textos uma possibilidade de ganhar uma fortuna e cobrou seus honorários para traduzir os manuscritos para o francês.
Com o material pronto, Jean entrega a nova versão a Henri e o aconselha a tatuar uma borboleta azul em seu peito, pois era necessário que todos acreditassem ser ele de fato Papillon. Henri não só tatuou, como também mandou desenhar uma enorme borboleta na porta de seu caminhão!
LEGENDA FOTO: Até o início da década de 60, Henri Charrière não tinha a tatuagem da borboleta em seu peito e era conhecido pelos venezuelanos como “Francês”. Os direitos autorais recebidos por Charrière foram expressivos (fala-se em mais de um milhão de dólares), no meu entender seu único erro foi não ter repassado parte desse dinheiro para René o verdadeiro autor.
Publicado em 1969, o livro “Papillon”, assinado por Henri Charrière, chegou às livrarias denunciando as atrocidades cometidas pelo regime Francês. As barbáries chocaram leitores mundo afora, a ponto de tornar o livro um best-seller, chegando a ser o 3º mais vendido no planeta — perdia apenas para a Bíblia Sagrada (1º) e o Alcorão, a Bíblia dos mulçumanos (2º). Entretanto, muita gente não acreditou que Henri Charrière fosse, de fato, o autor daquele livro, entre eles, o famoso escritor Frances Gerard de Villiers, que publicou em 1971 o livro “Papillon Epingle” (em Português, borboleta desmascarada), em que ataca a pessoa de Henri Charrière, pois não podia contestar o sucesso que a obra estava tendo no mundo inteiro. No seu livro, Charrière foi descrito como um verdadeiro idiota e que jamais poderia ter escrito o livro.
Gerard estava certo. Henri jamais havia escrito aquele livro. Isso foi confirmado pelo próprio Jean Maille: “Eu escrevi o livro Papillon para Henri, a partir de seus relatos”. Essa “mentirosa” afirmação Gerard colocou em seu livro “Papillon Epingle”. Prova é que, ao se apresentar na França em 1972 para promover o livro Henri Charrière, em coletiva, demonstrou insegurança, entrou em muitas contradições, chegando ao desespero de afirmar que o livro era “uma obra coletiva” e que ele não vivenciara aqueles fatos. Percebendo que não convencia, ficou com medo de ser desmascarado, fugiu para Madri. Na Capital espanhola, passou a beber em demasia e acabou acometido de uma cirrose — doença que o levou à morte em 1973. Nesse mesmo ano, chega às telas dos cinemas o filme Papillon, o realismo e sofrimento vivido por “Steve Mcqueen”, fazendo o papel de Papillon, emocionou milhares de pessoas em diversos países. O sucesso desse filme ajudou ainda mais na vendagem do livro e selou a lenda do mentiroso Henri Charrière.
O LIVRO BANCO:
Também foi escritor por René, teve o mesmo destino: Jean Maille o reescreveu, mas dessa vez não só para dar-se a entender ter sido escritor por Henri, mas para o defender das gafes cometidas na frança.
Na página 378 de Banco, onde lê-se:
“... acabei em janeiro de 1968. Leio tantas vezes os cadernos que tenho em casa, em cima da secretária, que quase os sei de cor”.
Neste pequeno texto verificamos dois absurdos:
1º) Desmente a versão de Jean que afirmou ter escritos os livros a parti das histórias contadas pelo próprio Henri Charrière!
2º) Se a história nos cadernos fosse de fato de Henri Charrière não precisaria ele ler para decorá-los!
OUTRA GRANDE MENTIRA foi o caso da inteligência que ele demonstrou não ter, ao ser sabatinado na França, para defendê-lo foi acrescentado em Banco na página 87: - “Mas também não tenho um verdadeiro ofício que me permita ser um bom operário, por exemplo, mecânico ou eletricista, de modo a poder ganhar a vida em qualquer país. Por outro lado, falta-me a instrução suficiente”.
Essa é uma declaração verdadeira. Henri era semi-analfabeto.
Essas mentiras perduraram por 40 anos e só agora, em 2009, é que se sabe que o verdadeiro escritor foi René Belbenoit, conhecido na Colônia Penal da Guiana Francesa como Papillon, por ter uma borboleta azul tatuada em seu peito (borboleta, em Francês, é Papillon). Ele construiu, em 1935, uma jangada com dezenas de sacos cheios de cocos amarrados a pedaços de paus, liderando a fuga de oito homens daquele inferno colonial. Dias depois, desembarcaram na Guiana Inglesa, conseguiram trabalho e o único a mudar de nome foi Henri Charrière, que passou a ser chamado de Henrique Schefer. Belbenoit fez amizade com um oficial reformado da Marinha inglesa que trabalhava como inspetor-geral. Depois de contar-lhe seu drama e dizer-lhe que também era militar reformado, o homem acabou ajudando-o a obter documentos e a comprar roupas para todos. Uma semana depois, acompanhado de outro fugitivo, Belbenoit deixou a Guiana Inglesa e seguiu para o Panamá. Dois meses depois já estava devidamente alojado na casa de um amigo panamenho. Após alguns dias chegaram os escritores William La Varre, Blair Niles e seu esposo Robert Niles, além de um produtor cinematográfico.
Belbenoit mostrou-lhes o manuscrito de Dry Guillotine. Os escritores e o produtor ficaram impressionados com a riqueza de detalhes. Para os escritores estava perfeito, mas para o produtor era necessário fazer uma adaptação, já que o manuscrito mostrava a dramática fuga de nove condenados. Para ele, era mais conveniente que o filme que se propunha a fazer, mostrasse a fuga de apenas um homem. Belbenoit comprometeu-se em alterar a história para o cinema, narrando que somente ele havia fugido.
Os americanos convidaram os dois franceses para irem aos Estados Unidos, onde poderiam receber apoio e proteção. Contudo, Belbenoit, sabendo que as autoridades francesas poderiam tentar recapturá-lo e que possivelmente impediriam sua entrada nos Estados Unidos, negou-se e convenceu o seu companheiro a ir em seu lugar. Essa seria, para ele, a forma mais segura.
Para que o álibi fosse perfeito, o casal Niles (escritores americanos) liberou a foto de René Belbenoit que eles haviam feito em 1927, na Colônia Penal da Guiana, para que fosse publicada na revista Life, edição de 4 de abril de 1938, juntamente com as duas fotos do “laranja”.
Foto feita em território americano pelo escritor William La Varre, no momento em que um policial novayorquino cumprimenta o falso René. Ela também foi publicada na revista Life como sendo do escritor René Belbenoit, induzindo o público americano a acreditar na versão criada pelo verdadeiro René. Nota-se que esse outro tem o rosto afinado e o queixo comprido.
Como a história narra o sofrimento de um homem que, de tantas punições em solitárias ficou desnutrido e magro, ninguém desconfiou e o livro Dry Guillotine chegou às livrarias americanas com um extraordinário sucesso. Assim, o falso Belbenoit conquistou o público americano. A história procurava desmoralizar o Governo francês. Muitos americanos e franceses condenaram a política carcerária praticada na colônia penal. Pressionadas, as autoridades francesas comunicaram que, a partir daquela data, nenhum prisioneiro seria mais levado para a Colônia Penal da Guiana Francesa.

Os holofotes viraram na direção do falso Belbenoit. Era o início de seu sucesso em terras americanas. No Panamá, o verdadeiro René comemorava a vitória. Porém, ele tinha plena consciência de que, a qualquer momento, as coisas poderiam dar errado: alguém poderia desconfiar da farsa. Correndo contra o tempo, ele conclui mais um livro. René estava certo: dias depois, as autoridades francesas solicitaram que as autoridades norteamericanas extraditassem o fugitivo. Com receio que a farsa fosse descoberta, ele voltou para o Panamá, onde reencontrou o verdadeiro Belbenoit e entrega-lhe uma verdadeira fortuna em dinheiro. Mas, para Belbenoit, a saída de seu "xará" dos Estados Unidos poderia atrapalhar seus planos. Depois de uma longa conversa, entrega-lhe os manuscritos do segundo livro “Hell on Trial” (em Português, “Inferno no Julgamento”) e o aconselha a voltar para os Estados Unidos, pois era muito importante que todos acreditassem que ele continuava na terra do “Tio Sam”. Isso iria permitir-lhe continuar livre. Convencido, o falso Belbenoit voltou para os Estados Unidos e tempos depois publicou “Hell On Trial”.
René Belbenoit, após ter certeza que seu amigo estava em segurança nos Estados Unidos, deixa o Panamá e volta para a Guiana Inglesa, onde reencontra seus companheiros de fuga. Eles fazem uma festa para o amigo escritor. Contudo, a situação mundial mudara rapidamente: a Segunda Guerra Mundial começara. Belbenoit sugeriu que os fugitivos saíssem da Guiana Inglesa, pois acreditava que a guerra logo chegaria até ali. Apenas dois membros do grupo resolveram permanecer naquela colônia do Reino Unido. Os demais partiram rumo à fronteira da Guiana Inglesa (hoje República Cooperativista da Guiana) com o Brasil e entram no território Brasileiro em 1940.
RESUMO:
Para americanos e franceses, após a fuga, René Belbenoit teria vivido nos Estados Unidos até sua morte, em 1959, mas tudo não passou de uma grande farsa. Essa verdade foi comprovada em quatro perícias, sendo a última feita pelos renomados “Peritos da Policia Federal Brasileira”:
http://plataopapillon.com.br/papillon/index.php?option=com_content&task=view&id=1&Itemid=1
Verdadeiramente, René Belbenoit, o Papillon, radicou-se com seus parceiros em Roraima desde 1940, morrendo em 1978 aos 73 anos e sendo sepultado no pequeno cemitério São José, em Surumu, uma vila do Município de Pacaraima.
Sua capacidade intelectual e sua simplicidade os levaram a fazer muitos amigos em Roraima, que o ajudaram em sua nova identidade, René Schehr. Esse novo disfarce e o fato de Henri Charrière ter se apresentado perante o mundo como sendo Papillon, o ajudaram a permanece incógnito até 1993, quando aqui cheguei. Foram 15 anos de investigação.
A verdadeira História de Papillon, você vai ficar sabendo ao ler o meu novo livro “Papillon, o Homem que Enganou o Mundo”, que chega às livrarias de todo o Brasil em breve.
OBS: Henri jamais foi Papillon! Prova é que ao batizar o seu restaurante em Caracas o chamou de:- My vaca y yo, tradução: Minha Vaca E Eu, segundo ele no quintal de sua residência criava uma vaca, ele ficava analisando ela presa, daí se imaginava um prisioneiro igual a ela, daí surgiu o nome de seu restaurante!
Outros detalhes importantíssimos além de René Belbenoit, aqui em Roraima viveram e estão sepultados os dois principais companheiros de fuga e personagens de seus livros! Entre eles um batizou a região de Normandia, hoje próspero município de Roraima:
http://74.125.95.132/search?q=cache:gVWg4gGbD18J:pt.wikipedia.org/wiki/Normandia_(Roraima)+Normandia%2BPapillon&cd=6&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Platão Arantes
Jornalista e repórter fotográfico
Registro profissional 1.093 FENAJ
Contatos:
plataopapillon@gmail.com
0xx (95) 81129898

Os links do post levam o leitor às imagens que ilustram o texto de Platão Arantes.

O fato, objeto da pesquisa de Arantes, foi noticiado na revista ISTO É de 17 de agosto de 2005: http://www.terra.com.br/istoe/1870/internacional/1870_verdadeira_historia_do_papillon.htm

4 comentários:

  1. Amigo Haroldo
    Muito obrigado! Nos links existem muitas fotos e documento prova mais que suficiente da grande farsa!

    Platão Arantes

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  2. Não é uma "farsa", mas uma história tão interessante quanto qualquer outra! Também merece um documentário! Espero que um dia façam - ou farei eu, do meu jeito.

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  3. Caro Haroldo, não quero polemizar o assunto aqui, mas gostaria, se possível, de deixar para todos o link do blog da deputada Surita, onde as teorias do Sr Platão foram refutadas e derrubadas...
    http://www.teresasurita.com/2011/05/literatura-%E2%80%9Cpapillon-o-homem-que-enganou-o-mundo%E2%80%9D.html
    Um grande abraço e obrigado!

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  4. De qualquer maneira foi uma grande história e alguém a viveu realmente, demonstrando intrepidez. Pena que o verdadeiro autor teve que se esconder durante a vida toda. Ambos estão mortos e o mistério continua...

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