domingo, 14 de junho de 2009

PMB desobstrui duas vias públicas que interligam o Souza ao Curió-Utinga.

A prefeitura Municipal de Belém derrubou dois muros que separavam a Cidade da Cidade. Um no Conjunto do Basa e outro na passagem Henrique Engelhard — vias públicas paralelas que iniciam no bairro do Souza e desembocam no bairro do Curió-Utinga, ambas com aproximadamente 450 metros de comprimento.
O prolongamento lógico da avenida Tavares Bastos à avenida Primeiro de Dezembro passa pelo Conjunto do Basa em pista antiga pavimentada com cerca de 13 metros de largura pela "régua" do Google Earth — à semelhança das travessas que cortam a avenida Almirante Barroso no bairro do Marco e à própria Almirante, de meio-fio a meio-fio, em cada uma de suas duas pistas. Despautério absoluto um bulevar dessa envergadura servir única e exclusivamente à vida privada de herdeiros de ex-funcionários do Banco da Amazônia Sociedade Anônima.
A passagem Henrique Engelhard possui pouco mais que um terço dessa largura, sem inteirar os 5 metros; mesmo estreita é coadjuvante na derrocada da hegemonia da Almirante Barroso: itinerário obrigatório para se chegar a esses dois rincões de Belém.
Tem uma “banda” contra e outra a favor dessa “invasão de 'privacidade'”, mas não há o que discutir, o ato beneficia a população e valoriza os imóveis daquela área metropolitana.
A engenharia de trânsito já determinou o sentido único de cada uma dessas interligações supranecessárias: a avenida Tavares Bastos seguirá da Almirante à Primeiro de Dezembro; a Engelhard terá fluxo inverso, pois o aclive íngreme é frenador no cruzamento, menos perigoso que o declive em mesmo ângulo (ribanceira abaixo).
Moradores têm opiniões antagônicas, mas o nó górdio é a falta de SEGURANÇA, inimiga PÚBLICA número um que atemoriza qualquer belenense.
Há o pavor generalizado de que o "trânsito livre" instale a marginalidade naquelas redondezas antes “protegidas” por muralhas que davam status de “condomínio fechado” — privilégio fora-da-lei, já que os logradouros se destinam à circulação pública e pertencem ao Município.
Como o vídeo e a foto do Google Earth demonstram, há uma generosa superfície próxima aos 6000m², que o Basa utilizara à recreação, presentemente descontinuada pela faixa de asfalto. É uma extensão suficiente para erigir uma praça pública arborizada e integrada ao microclima do Parque do Utinga — ou, Parque Ambiental de Belém, reserva ecológica estadual com poucas opções de entretenimento.
A Prefeitura Municipal de Belém poderia desapropriar essa área por PREÇO JUSTO* e entregá-la à população, copiando a mesma infra-estrutura das praças Batista Campos e República (excetuando as mazelas e promessas de telões, claro!). Viver na "periferia" com a mesma dignidade que há nos bairros politicamente afortunados "desincharia" o saturado umbigo urbano.
A avenida Primeiro de Dezembro é um "divisor de águas", um brasão com eixo sudoeste/nordeste em relevo fundido, onde à esquerda têm-se o sinistro e à direita o verde esperança.
Uma base de segurança e serviços sediada nessa "praça" estenderia ordem à vizinhança, ajudando no controle do fluxo na passagem Engelhard, rolamento apertado que terá problemas com veículos "estrangeiros" que estacionarem nas guias das calçadas — caos improvável quando ali havia síndico e não prefeito.
Há outro agradável nicho às próximidades, também na avenida Primeiro de Dezembro, começando na esquina da passagem Eliezer Levi (sentido Doutor Freitas): um “remanso” ao ócio, mas imperceptível às autoridades municipais, que corre o risco de ser cercado pelos que acreditam ter "quintal" defronte de casa, tal qual é a ETERNA CULTURA da 25 de Setembro, determinada entre a Antonio Baena e a Lomas Valentina.
Se a educação fosse primogênita não estaríamos aqui a discutir miolo de pote!
*O Blog HB discrepa de desapropriações bandidas. Se há interesse da PMB nos lugares, que ela chame os proprietários e negocie contratos equânimes inquestionáveis na justiça. No final das contas a felicidade coletiva valeria cada centavo aspirado dos bolsos citadinos.

Basa e Engelhard: de Belém à Belém em 450 metros (foto ampliável).

O fim de dois "becos sem saída".

Noticiários de duas emissoras de tv paraenses no dia do cumprimento da decisão judicial no Conjunto do Basa. Imagens postadas no Youtube por http://www.youtube.com/user/erickmoralll.

Na postagem Belém do Pará: filmagens das obras da 1º de Dezembro. há duas motofilmagens que registram as obras da avenida Primeiro de Dezembro entre o clube Assembléia Paraense e a rua Mariano — ida e volta. No final da "volta" é possível ver o muro do Basa e o "edifício verde" da esquina da Engelhard (pronuncia-se "anglar") ainda branco.

4 comentários:

  1. Agradecemos ao leitor anônimo pelo "Souza ??????". Houve a correção para SOUZA/CURIÓ-UTINGA, tanto no título, quanto no corpo do texto. Também acrescentamos à postagem um vídeo veiculado no Youtube que agrupa dois noticiário televisivos no dia do cumprimento da decisão judicial por ação policial no Conjunto do Basa.

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  2. Andréia Souza Boreges.27 de junho de 2009 às 05:46

    A Associação de Moradores do BASA afirma que a área é particular, que a rua é deles e não da cidade de Belém.
    Por que eles haveriam de construir uma via tão larga, separando um pequeno agrupamento de casas de outro mais denso dividido por ruelas?

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  3. Fotos, documentos, certidão de propriedade e outros..

    www.flogao.com.br/conjuntodobasa e www.conjuntodobasa.hd1.com.br

    Confiram..

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