segunda-feira, 28 de abril de 2008

Joe Bennett: made in Belém City.

Joe Bennett é o Bené ou, José Benedito Nascimento: um grandalhão com pinta de super-herói desajeitado. Acima observamos um auto-cartoon feito à bic, sem nenhum "tratamento de prancheta", no balcão do Cosa Nostra. O Bené já tá na estrada desde 1985 e hoje é um dos pouquíssimos bambambãs da DC Comics.

Quando dávamos aulas no curso de Educação Artística - Artes Plásticas -, lá apareceu esse "rapazinho", que mal cabia na carteira, como aluno do Luciano Oliveira em Esboço Gráfico. O Luca nos chamou para observar a performance da "fera"; dava até medo de encarar um estudante assim, virtuose além de qualquer conta. Creio que por essas épocas ele fizera a ilustração de um projeto da dupla de arquitetos: Daniel Campbell e Mário Miranda, para um novo Ver-o-peso, que parece ter levado um prêmio. O Mário, ou o Bené, que me corrija(m), já que o Daniel está no céu.

O tempo passou e um dia ele foi dar uma palestra sobre HQ a convite do Jorge Eiró - estávamos em parceria - no auditório do Ateliê de Arte. O bom do discurso do Bené foi a "detonação" em cima do Mangá (que é japonês) feito por brasileiros. O papo fora interessante porque o estilo japonês de fazer quadrinhos não dá para ser imitado por quem não tenha nascido naquela cultura oriental. Nos aproveitamos do arrazoado proferido pelo nosso Joe Bennett, já que o Mangá é uma pedra no sapato dos que dão aulas práticas em cursos de arte: esse estereótipo, de "receitas infalíveis", atrapalha, em demasia, a percepção visual da galera que acredita dominar a figura humana e esse estudo não é tão banal assim.

Torcemos para que o bro. pegue uma seqüência do Batman e dê seu show. Melhor ainda seria um roteito adaptado à Belém do Pará: imaginemos que o Batman viria salvar seu melhor desenhador das garras de um político demagogo e facínora que o colocara em uma masmorra sem lápis e papel. Seria uma questão de vida ou morte, para o Batman, resgatar Bennett, senão suas histórias seriam um fiasco. A saga se passaria na Belém City, com o Batman desesperado à procura do Joe Bennett, que todos só conhecem por Bené; pois o político, por decreto, impediu o uso do seu pseudônimo em inglês. As cenas da história se dariam no Bar São Jorge, no Cosa, no Trânsito, no Maguari, enfim... Mas no final todos descobriríamos que os cúmplices do político seriam o P.P. Condurú e o J. A. T. Simões que, com a ajuda do Calibre e do Toninho Abenatar, prenderam o Bené no porão do Café Imaginário. Todavia, para a felicidade de todos, e da própria DC Comics, a Tika Sobral havia jogado um tijolo em um rato. Um dos cacos entrou por uma fresta e o poderoso Bennett ilustra toda essa história nas paredas úmidas daquele lúgubre cárcere. Só isso!

Ah! Pela última notícia que tivemos do Bené, ele estaria em São Francisco, nos EUA. Esperamos que ele lembre do açaí e de outras "cositas" mais: afinal, o Beto tem cara de vilão, mas ajudará o Batman em sua busca frenética!!! É a concorrência: "Cosa x Café"!!!

Um quadrinho de Elektra - da Marvel - usado, com o consentimento do Bené, em uma prova de Habilidade Específica da Universidade Federal do Pará - PSS 2006 -, realizada em novembro de 2005.



Dois presentes do Bené, aliás, três: o auto-cartoon também nos foi dado. Valeu Bené e boa imaginação!

Tem uma entrevista legal do Bené no Portal Cultura:
E, claro, o Blog do Joe Bennett:


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