quarta-feira, 20 de junho de 2012

Arthur Vianna faz tolice; palmada nele.



A Biblioteca Pública Arthur Vianna VETOU de modo ABSOLUTO o registro fotográfico de qualquer OBRA RARA de seu acervo, dando uma clara demonstração que caminha na contramão da democratização da informação.
Hoje ninguém pode sacar do celular — aquele aparelhinho que propicia as absurdas contas emitidas pelas operadoras e arrecada altos impostos ao Estado via ICMS —, ou máquina fotográfica (que também gera recursos ao Estado), para clicar algo de interesse no Setor de Obras Raras da BPAV; há de se fazer solicitação da digitalização de tal material, pagar R$2,00 por lauda e aguardar um prazo de mais ou menos 10 dias para…seguir assuntando.
O equipamento disponível para esse serviço é amador e de dimensão restrita, cobre apenas a superfície do formato A-4; ou seja: se pagará por um produto ordinário, sem nenhum controle de qualidade.
É astucioso impedir pessoas da utilização de instrumentos próprios de captação de imagens para obrigá-las a COMPRAR uma MERCADORIA cartelizada-virtual-insatisfatória por preço abusivo (um caso de PROCON, não?).
Isto é um desserviço à EDUCAÇÃO e à CULTURA do povo paraense que vê na guardiã de sua memória uma madrasta cruel e insensata.
Desse modo, acabaram-se as pesquisas acadêmicas, porque professores e/ou alunos não terão como custeá-las, a não ser que haja previsão dessa nova rubrica nos orçamentos dos projetos financiados.
E como ficarão crianças e jovens que têm no conhecimento a única saída à miséria social?
Aparelhos celulares, que geralmente não possuem flash, são inofensivos às obras, raras ou não; pode-se dizer o mesmo da luminosidade emitida pelo escâner?
Que a Arthur Vianna ache outro meio de ganhar dinheiro*, que não usurpando o pobre cidadão que busca sua identidade, supra-necessária ao amor pátrio e ao desenvolvimento do intelecto — alimentos sãos do Estado Justo —, nos rincões dessa uma daí.
Se você concorda com o raciocínio, envie um e-mail ao Gabinete da Biblioteca Pública Arthur Vianna (gbpav@fcptn.pa.gov.br) e pergunte o PORQUÊ de tudo isso?
*Buscar parceria com as operadoras de telefonia móvel já seria um bom começo; talvez essa atitude desse um respaldo profissional e sistemático à preservação do inestimável patrimônio cultural do Pará, bem como viabilizaria disponibilizá-lo na Internet com qualidade indiscutível.
Quantas publicações digitais a Biblioteca Pública Arthur Vianna possui hoje? Pelo que saibamos, nenhuma.

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