sábado, 31 de maio de 2008

Parque do Utinga

O Parque Ambiental de Belém ou Parque do Utinga, criado em outubro de 1993, é um complexo que abrange os mananciais das águas que abastecem a cidade de Belém do Pará. Esses mananciais; compostos por um sistema de lagos (Bolonha e Água Preta), rios (Guamá e Aurá) e pequenos igarapés (Água preta, Utinga, Murutucu e Buiussuquara); integrados ao entorno florestal, ocupam uma área aproximada de 1340 ha.
O Utinga pode ser visitado pela população entre seis da manhã e seis da tarde. Há um batalhão de Polícia Florestal sediado no parque para fiscalizar e orientar visitantes e moradores da vizinhança sobre a preservação desse "santuário" ecológico.
A Companhia de Saneamento do Pará — COSANPA — é responsável pelo bombeamento das águas do rio Guamá aos “reservatórios” Bolonha e Água Preta e pelo sistemático tratamento à potabilidade no acúmulo fluvial e pluvial desses dois lagos.
A COSANPA, em seu site
http://www.cosanpa.pa.gov.br, afirma que investimentos da Caixa Econômica Federal e do Governo do Estado propiciarão melhoria técnica à expansão dos serviços e que haverá duplicação no abastecimento de água à Belém.
Que bom que isso seja verdade e dê certo, porque hoje, a água distribuída pela COSANPA, quando consegue sair da torneira, é pura ferrugem — o que não faz nenhum bem à saúde e às roupas.
O site da COSANPA, apesar de fazer “consulta nos arquivos do Centro de Documentação da Cosanpa”, é extremamente pobre ao revelar a "história" da Companhia:
Uma das poucas informações relevantes nele encontrada:
“E em Abril de 1885 foi terminada a obra que hoje é um marco histórico do saneamento em Belém: o reservatório de São Brás conhecido como a Caixa d'Água de São Brás, construído de forma cilíndrica com capacidade de 1.570 .000 litros, feito de ferro forjado e sustentado por colunas de ferro fundido.” (http://www.cosanpa.pa.gov.br/historico.asp)
Quantos dados textuais e imagéticos esse Centro de Documentação possui? Garimpá-lo não seria a melhor solução — uma parceria da COSANPA com o curso de História da UFPA não resolveria esse problema? O registro público de sua memória propiciaria maior credibilidade aos serviços por ela prestados. Espertem-se diretoria e presidência!

No dia 27 de maio de 2008 o Blog fez alguns registros imagéticos do Utinga — precários pela falta de equipamentos e pessoal especializado — com algumas descrições da “expedição”:

Essa grande área verde entrelaçada por vias de asfalto, terra batida, areia, lama, bloquetes, humos...é um dos locais aprazíveis de Belém e pouco usufruído pela maioria da população que poderia exercitar-se em caminhadas e trilhas, educar-se ambientalmente, participar de ações sobre o meio-ambiente, etc.
A limpeza da margem do Bolonha, fronteiriça à estrada do Utinga, está quase concluída, o que voltou a permitir uma visualização ampla desse lago — vide videoclipe 02.
Já o lago Água Preta, bem maior que o Bolonha, está totalmente escondido pelas árvores que cresceram em sua orla — muruci e ajuru — e do lado posterior a via de acesso, que é pavimentada com bloquetes — vídeo 04.
A estrada da Moça Bonita, em seu trecho compreendido entre a avenida CEASA e o lago Bolonha, é apenas uma trilha; o que é comprovado pelo primeiro vídeo.
No sentido lago Bolonha/bairro da Guanabara, a estrada da Moça Bonita está sendo alargada, recebendo terraplenagem em piçarra; contudo, como se pode comprovar no videoclipe 03, não seria possível transitar por ela em automóveis de passeio.
Não tivemos acesso à estação de bombeamento que fica na margem do rio Guamá. O funcionário, por questões de segurança, não permitiu nossa entrada nessa área restrita à circulação de carga e descarga — videoclipe 05.
O Utinga é bem policiado e o fluxo de pessoas nas caminhadas matutinas causa uma relativa sensação de segurança.
Há presença constante de militares da aeronáutica e do exército que fazem exercícios físicos e treinamentos rotineiros por lá — área vizinha aos quartéis e às residências desses soldados.
São caminhadas agradáveis onde se pode escutar em alto e bom som, além do canto dos pássaros, respeitosos “bons-dias” — uma raridade metropolitana!!!

Foto do Google Earth com visualização da área que abrange os lagos Bolonha e Água Preta. (Foto ampliável!!!)

Um passeio pelo que sobrou da estrada da Moça Bonita. Sentido estrada do CEASA/lago Bolonha - estrada do Utinga. Em alta qualidade no Youtube: http://br.youtube.com/watch?v=YJMdGergr6w

Visão do lago Bolonha e sua via de acesso (estrada do Utinga). Em alta qualidade no Youtube: http://br.youtube.com/watch?v=Q0AEsDw9vaM

Visão do lago Água Preta com acesso pela outra parte da estrada da Moça Bonita — é possível observar o que é nítido no Google Earth: a passagem da água entre os dois lagos. Caminho filmado: sentido estrada do Utinga/bairro da Guanabara (parte dessa via, no dia 20 de maio, fora aterrada com piçarra). Em alta qualidade no Youtube: http://br.youtube.com/watch?v=Q0AEsDw9vaM

A margem do lago Àgua Preta, pela via de melhor acesso, está totalmente tomada pela vegetação. Só se enxerga o lago pela rampa de lanchas e pelo sangradouro. Em alta qualidade no Youtube: http://br.youtube.com/watch?v=IzYoxh3E_rI

Estação de bombeamento: beira do rio Guamá. Em alta qualidade no Youtube: http://br.youtube.com/watch?v=JNgRJ2WhpRQ

3 comentários:

  1. Caraca meu, onde fica essa selva, no meio da amazonia?

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  2. Eu que convivi por muito tempo por esse local que hoje é o parque, sinto saudades daquela época
    Lucival Lemos

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  3. Sinto saudades do tempo em que

    morei no Ramal do Utinga e por es

    ses locais passei.

    Lucival Lemos

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