quinta-feira, 30 de julho de 2009

UFPA: Graduação em Música cria blog para discutir relação.

O curso superior de Música da Universidade Federal do Pará está em uma sinuca de bico: em pleno período de recesso, interiorização e férias de alguns de seus professores, terá que decidir se sairá ou não do prédio do Ateliê de Arte do Campus do Guamá.
A coordenadora do curso de graduação, Ana Margarida Lins Leal de Camargo, encontra-se em Oriximiná ministrando disciplinas do 3º período letivo institucional da Licenciatura em Música daquele município, daí a professora Valéria Cristina Marques ter a idéia de criar um blog para postar documentos que subsidiem a discussão docente à distância.
O material divulgado no blog, de acesso público, evidencia que o ICA — Instituto de Ciências da Arte — fora criado à revelia dos docentes do curso superior de Música da UFPA e que por esse motivo a relação dessa Licenciatura com a Escola de Música da UFPA — EMUFPA — inexiste na modelagem acadêmica pretensa no Estatuto e Regimento Geral da UFPA: uma "Escola" que incorpore ensino técnico e superior.
A intenção de Valéria, além da transparência, é evitar milindres entre os pares — tanto da Graduação, quanto da EMUFPA — diante da emergencial deliberação do próximo dia 05 de agosto de 2009, quarta-feira.
Para que a "comunidade musical" da UFPA (e extena a ela) entenda os atropelos que permearam o procedimento da "junção das músicas" são inseridos no blog registros oficiais comprovadores do açodamento que se reflete nos conflitos atuais.
Acompanhe as postagens em Música UFPA Graduação e faça seus comentário pelo e-mail musicasuperiorufpa@gmail.com.
O Blog HB, em postagem do dia 17 de julho, já prenunciara UFPA: Museologia expulsará Música do Campus do Guamá.
Pelo que parece a situação é polêmica e envolve vultosa rubrica financeira do REUNI — Reestruturação e Expansão das Universidades Federais — do Ministério da Educação — MEC: fala-se em R$5.881.000,00!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Belém do Pará: Collegio Ypiranga. (IN POST)

Três fotos Fidanza resgistram o cotidiano do "collegio" (grafia antiga) Ypiranga no começo da década de 1930:

Ampliável.

Ampliável.

Ampliável.

Detalhe: ampliável.

terça-feira, 14 de julho de 2009

UFPA: Museologia expulsará Música do Campus do Guamá.

A Graduação em Música da Universidade Federal do Pará, a contragosto, está prestes a ter outro endereço que não o Campus Universitário do Guamá. Ora habitando a ala oeste do prédio do Ateliê de Arte, o curso superior de Música é o resultado do UPGRADE dado à licenciatura em Educação Artística — Habilitação em Música —, que este ano atingiu sua maioridade (é de 1991), talvez a “melhor justificativa” à “expulsão de casa”, já que possui tempo suficiente para “andar com as próprias pernas”.
A construção do prédio do Ateliê de Arte foi uma conquista do Centro de Letras e Artes que encontrou apoio político-administrativo na gestão Marcos Ximenes/Zélia Amador, reitor e vice, no período compreendido entre julhos de 1993 e 1997.
O Ateliê de Arte; assinado pelo prefeito do Campus do Guamá, João de Castro Filho, à época do mandato de Nilson Pinto na reitoria da UFPA (1989/1993); que em primeiro instante só contaria com a ala leste (raciocinada para Artes Plásticas), teve os aditivos suficientes à sua conclusão porque a Música do terceiro grau carecia urgentemente de espaço adequado — essa identidade técnica foi dada ao interior do edifício pelo arquiteto e professor Jorge Leal Eiró da Silva, no segundo semestre de 1995, tarefa específica outorgada em portaria da diretora do Centro de Letras e Artes, professora Thelma de Carvalho Lobo, com plena aquiescência do autor do projeto no período de acabamento da obra. Eiró, a partir de exigências docentes, discentes e de funcionários, planejou a subdivisão do segundo pavimento da Música, em "cubículos" denominados MASTER CLASSES — a metodologia das adaptações foi pautada nas deliberações das três categorias em assembléias gerais, inclusive da área burocrática que abrigou dois colegiados, o departamento didático-científico e a administração predial.
A inauguração do Ateliê de Arte deu-se em 1997 sem a central de ar que propiciaria o pleno funcionamento dos MASTER CLASSES — idéia onerosa posteriormente abandonada pelo advento da tecnologia SPLIT e fator único da ocupação retardada daquele espaço pelo pessoal da graduação em Música. Esse lugar, remodelado, passou a abrigar experimentações da dinâmica da linguagem musical.
As duas habilitações da hoje sepultada Educação Artística mantiveram-se antes de 1997 graças ao empréstimo de salas de aula: da Educação na Habilitação em Artes Plásticas e da Comunicação na Habilitação em Música. Ou seja: o Ateliê de Arte supriu a precisão da Música e das Artes Visuais — UPGRADE da Habilitação em Artes Plásticas —, portanto, aos dois pertence.
O curso de MUSEOLOGIA, recentemente implantado (mas não implementado) na UFPA com recursos do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais — REUNI —, parece ser o pivô do sobressalto dos professores, alunos e funcionários da Graduação em Música.
A pressão para uma possível saída da Casa da Barbie* vem da direção do instituto ao qual o curso se vincula, o de Ciências da Arte — ICA. A estabanada afirmação de que o Ateliê de Arte fora construído exclusivamente para o ensino das Artes Plásticas é a justificativa dada a essa minoria instada a liberar o bloco que lhe cabe em prol da graduação tecida pela Faculdade de Artes Visuais — FAV.
O ICA aglutinou três linguagens artísticas: artes visuais, música e teatro/dança; estabelecendo a setorização da arte na UFPA.
Música e Teatro/Dança têm escolas técnicas e nível superior em convívio o que não lhes permite, por dispositivo regimental, a nomenclatura de FACULDADES, mas o genérico termo ESCOLAS. Artes Visuais possuem somente o nível superior por isso compõem a FAV.
Teatro/dança figurados como Escola de Teatro e Dança da UFPA — ETDUFPA — construíram passo a passo uma relação harmoniosa na gestação desse escalonamento e bem habitam o complexo da antiga Delegacia Regional do MEC. O nível superior da ETDUFPA nasceu dos anseios dessa escola técnica; ao contrário da Graduação em Música, que surgiu com o propósito estratégico de desmembrar o Departamento de Arte e Comunicação no antigo CLA.
Essa peculiaridade na origem da Graduação em Música perpetua o hiato: o técnico é dissonante do superior e vice-versa.
Os estudantes da Escola de Música da UFPA — EMUFPA —, criada em 1963 à semelhança de um tradicional conservatório, preferem um ponto cental de Belém (hoje localizado na "Casa da Conselheiro"): "eqüidistante" de suas escolas regulares e residências; do mesmo modo os professores da EMUFPA acostumaram-se a lecionar longe da Cidade Universitária. Já o nível superior de Música tem no Campus do Guamá a primazia da vocação das graduações e/ou pós-graduações: entrelaçar os distintos conhecimentos que o habitam. As incongruências se aprofundam nas duas políticas pedagógicas, o que definha o agrupamento docente superior, de menor contingente que o técnico. O casamento arranjado entre as "MÚSICAS" da UFPA deu com os burros n'água causando prejuízo ao pessoal do terceiro grau pois a aniquilação de sua força política os vulnerabiliza diante de qualquer ação impositiva em prol das "maiorias" do sui generis ICA — único instituto que mantém sua administração fora do Campus, fixada na Praça da República desde 2006. A Museologia, mais nova inquilina do Ateliê de Arte, é a caçula que colocará a irmã do meio "no canto", ou, "no olho da rua"; só porque ela se meteu com a pessoa errada. CADÊ A MAMÃE?

Ateliê de Arte da UFPA: vista para a ala oeste. Uma conquista da extinta Educação Artística nas duas habilitações: Artes Plásticas e Música. A aparência do prédio demonstra que casamento sem dote não satisfaz os encargos econômicos do matrimônio.

*Casa da Barbie: Apelido dado ao Ateliê de Arte por causa do lilás. Escolheu-se essa cor pelo critério técnico da complementar já que o amarelo do "captador de vento" fora especificado pelo arquiteto João de Castro Filho, seu imaginador.

sábado, 11 de julho de 2009

Henri Charrière: o maior farsante da literatura mundial.

"Prezado Haroldo
Meu livro: “Papillon O Homem Que Enganou O Mundo” edição atualizada chega às livrarias de todo o Brasil em agosto, provavelmente será lançado na Bienal do Rio de Janeiro, foram 15 anos de investigação!
Foram realizadas quatro perícias a mais recente a dos Peritos Federais Brasileiros considerados os melhores de todo o planeta! Verdades que eles fizeram questão de divulgar em seu site, com o título PERITO DA POLICIA FEDERAL ENCONTRA EM RORAIMA O VERDADEIRO PAPILLON
http://plataopapillon.com.br/papillon/index.php?option=com_content&task=view&id=1&Itemid=1
EL DORADO A GRANDE MENTIRA DE HENRI CHARRIÈRE:
http://74.125.47.132/search?q=cache:99_u28VbyGgJ:www.jornalorebate.com/colunistas2/pla1.htm+El+Dorado%2BPapillon&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
BLOG PAPILLON:
http://74.125.95.132/search?q=cache:NnZGR8PfZ_kJ:www.plataopapillon.blogspot.com/+Normandia%2BPapillon&cd=13&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Favor divulgar essa verdade.
OBS.: Em anexo resumo da pesquisa.
Obrigado,
aguardo contato,
Platão Arantes."
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A VERDADEIRA HISTÓRIA DE PAPILLON (Resumo da Pesquisa)
Por Platão Arantes

Atendendo ao pedido de um cineasta, o fugitivo escritor René Belbenoit, autor do livro Dry Guillotine, publicado nos Estados Unidos em 1938, resolveu readaptar sua história para o cinema. Ele aproveitou e reescreveu um novo livro. Como não podia assiná-lo como René Belbenoit, pois estaria desmentindo o que escrevera em Dry Guillotine (lá havia afirmado que fugira acompanhado de oito homens), resolveu assinar com seu cognome e assim surgiu Papillon. Tinha cedido às imposições mercadológicas da subcultura hollywoodiana e contava que sua fuga fora feita exclusivamente por ele, sem nenhuma ajuda ou acompanhamento. Pesando apenas 15 quilos, Belbenoit encontrou sérias dificuldades em enviar os manuscritos para seu “xará” que morava nos Estados Unidos.
O então Território Federal do Rio Branco (hoje Estado de Roraima) não dispunha de boas estradas e o correio era deficiente e nada confiável à época. Foi aí que Belbenoit lembrou que seu companheiro Henri Charrière morava em Caracas e que trabalhava numa empresa, cuja principal atividade era exportar crustáceos, em especial para os Estados Unidos. Dessa forma, resolveu enviar os manuscritos ao amigo, de modo que Henri os fizesse chegar ao seu destino. Aproveitando-se da ida de seu sócio Zé Alemão a Caracas, onde fazia compras para abastecer o comércio local, René mandou o pacote.
Charrière o guardou e ficou à espera de um navio que fosse para a terra do “Tio Sam”. Dias e meses se passaram e Henri esqueceu de encaminhar a encomenda. Três anos depois, em 1959, ele ouviu no rádio uma notícia que chamou sua atenção: “Faleceu na Califórnia, nos Estados Unidos, o escritor René Belbenoit”. Naquele momento, ele lembrou-se do pacote, foi até o depósito e o pegou, abriu um dos cadernos totalmente preenchido com uma letra muito miúda e observou que o texto estava escrito em inglês, apesar de não dominar a língua.
Sem saber o que fazer com aquilo, Henri guardou durante muito tempo os manuscritos. Contudo, após o terremoto que destruiu boa parte de Caracas em 28 de julho de 1967, quando a família Charrière teve grandes perdas materiais, Henri redescobriu os cadernos de Belbenoit entre os escombros e teve a ideia de reescrevê-los, a fim de parecer que era a história da sua vida. Seu objetivo (claramente declarado posteriormente) foi o de ganhar dinheiro para cobrir o prejuízo.
Charrière entregou os manuscritos para o jornalista francês Jean Maille de Fronfrais, correspondente em Caracas da Agência France Press, (e cliente do seu restaurante Mi vaca y yo). Depois das necessárias explicações, solicitou que ele lesse o material e o adaptasse. Fronfrais viu naqueles textos uma possibilidade de ganhar uma fortuna e cobrou seus honorários para traduzir os manuscritos para o francês.
Com o material pronto, Jean entrega a nova versão a Henri e o aconselha a tatuar uma borboleta azul em seu peito, pois era necessário que todos acreditassem ser ele de fato Papillon. Henri não só tatuou, como também mandou desenhar uma enorme borboleta na porta de seu caminhão!
LEGENDA FOTO: Até o início da década de 60, Henri Charrière não tinha a tatuagem da borboleta em seu peito e era conhecido pelos venezuelanos como “Francês”. Os direitos autorais recebidos por Charrière foram expressivos (fala-se em mais de um milhão de dólares), no meu entender seu único erro foi não ter repassado parte desse dinheiro para René o verdadeiro autor.
Publicado em 1969, o livro “Papillon”, assinado por Henri Charrière, chegou às livrarias denunciando as atrocidades cometidas pelo regime Francês. As barbáries chocaram leitores mundo afora, a ponto de tornar o livro um best-seller, chegando a ser o 3º mais vendido no planeta — perdia apenas para a Bíblia Sagrada (1º) e o Alcorão, a Bíblia dos mulçumanos (2º). Entretanto, muita gente não acreditou que Henri Charrière fosse, de fato, o autor daquele livro, entre eles, o famoso escritor Frances Gerard de Villiers, que publicou em 1971 o livro “Papillon Epingle” (em Português, borboleta desmascarada), em que ataca a pessoa de Henri Charrière, pois não podia contestar o sucesso que a obra estava tendo no mundo inteiro. No seu livro, Charrière foi descrito como um verdadeiro idiota e que jamais poderia ter escrito o livro.
Gerard estava certo. Henri jamais havia escrito aquele livro. Isso foi confirmado pelo próprio Jean Maille: “Eu escrevi o livro Papillon para Henri, a partir de seus relatos”. Essa “mentirosa” afirmação Gerard colocou em seu livro “Papillon Epingle”. Prova é que, ao se apresentar na França em 1972 para promover o livro Henri Charrière, em coletiva, demonstrou insegurança, entrou em muitas contradições, chegando ao desespero de afirmar que o livro era “uma obra coletiva” e que ele não vivenciara aqueles fatos. Percebendo que não convencia, ficou com medo de ser desmascarado, fugiu para Madri. Na Capital espanhola, passou a beber em demasia e acabou acometido de uma cirrose — doença que o levou à morte em 1973. Nesse mesmo ano, chega às telas dos cinemas o filme Papillon, o realismo e sofrimento vivido por “Steve Mcqueen”, fazendo o papel de Papillon, emocionou milhares de pessoas em diversos países. O sucesso desse filme ajudou ainda mais na vendagem do livro e selou a lenda do mentiroso Henri Charrière.
O LIVRO BANCO:
Também foi escritor por René, teve o mesmo destino: Jean Maille o reescreveu, mas dessa vez não só para dar-se a entender ter sido escritor por Henri, mas para o defender das gafes cometidas na frança.
Na página 378 de Banco, onde lê-se:
“... acabei em janeiro de 1968. Leio tantas vezes os cadernos que tenho em casa, em cima da secretária, que quase os sei de cor”.
Neste pequeno texto verificamos dois absurdos:
1º) Desmente a versão de Jean que afirmou ter escritos os livros a parti das histórias contadas pelo próprio Henri Charrière!
2º) Se a história nos cadernos fosse de fato de Henri Charrière não precisaria ele ler para decorá-los!
OUTRA GRANDE MENTIRA foi o caso da inteligência que ele demonstrou não ter, ao ser sabatinado na França, para defendê-lo foi acrescentado em Banco na página 87: - “Mas também não tenho um verdadeiro ofício que me permita ser um bom operário, por exemplo, mecânico ou eletricista, de modo a poder ganhar a vida em qualquer país. Por outro lado, falta-me a instrução suficiente”.
Essa é uma declaração verdadeira. Henri era semi-analfabeto.
Essas mentiras perduraram por 40 anos e só agora, em 2009, é que se sabe que o verdadeiro escritor foi René Belbenoit, conhecido na Colônia Penal da Guiana Francesa como Papillon, por ter uma borboleta azul tatuada em seu peito (borboleta, em Francês, é Papillon). Ele construiu, em 1935, uma jangada com dezenas de sacos cheios de cocos amarrados a pedaços de paus, liderando a fuga de oito homens daquele inferno colonial. Dias depois, desembarcaram na Guiana Inglesa, conseguiram trabalho e o único a mudar de nome foi Henri Charrière, que passou a ser chamado de Henrique Schefer. Belbenoit fez amizade com um oficial reformado da Marinha inglesa que trabalhava como inspetor-geral. Depois de contar-lhe seu drama e dizer-lhe que também era militar reformado, o homem acabou ajudando-o a obter documentos e a comprar roupas para todos. Uma semana depois, acompanhado de outro fugitivo, Belbenoit deixou a Guiana Inglesa e seguiu para o Panamá. Dois meses depois já estava devidamente alojado na casa de um amigo panamenho. Após alguns dias chegaram os escritores William La Varre, Blair Niles e seu esposo Robert Niles, além de um produtor cinematográfico.
Belbenoit mostrou-lhes o manuscrito de Dry Guillotine. Os escritores e o produtor ficaram impressionados com a riqueza de detalhes. Para os escritores estava perfeito, mas para o produtor era necessário fazer uma adaptação, já que o manuscrito mostrava a dramática fuga de nove condenados. Para ele, era mais conveniente que o filme que se propunha a fazer, mostrasse a fuga de apenas um homem. Belbenoit comprometeu-se em alterar a história para o cinema, narrando que somente ele havia fugido.
Os americanos convidaram os dois franceses para irem aos Estados Unidos, onde poderiam receber apoio e proteção. Contudo, Belbenoit, sabendo que as autoridades francesas poderiam tentar recapturá-lo e que possivelmente impediriam sua entrada nos Estados Unidos, negou-se e convenceu o seu companheiro a ir em seu lugar. Essa seria, para ele, a forma mais segura.
Para que o álibi fosse perfeito, o casal Niles (escritores americanos) liberou a foto de René Belbenoit que eles haviam feito em 1927, na Colônia Penal da Guiana, para que fosse publicada na revista Life, edição de 4 de abril de 1938, juntamente com as duas fotos do “laranja”.
Foto feita em território americano pelo escritor William La Varre, no momento em que um policial novayorquino cumprimenta o falso René. Ela também foi publicada na revista Life como sendo do escritor René Belbenoit, induzindo o público americano a acreditar na versão criada pelo verdadeiro René. Nota-se que esse outro tem o rosto afinado e o queixo comprido.
Como a história narra o sofrimento de um homem que, de tantas punições em solitárias ficou desnutrido e magro, ninguém desconfiou e o livro Dry Guillotine chegou às livrarias americanas com um extraordinário sucesso. Assim, o falso Belbenoit conquistou o público americano. A história procurava desmoralizar o Governo francês. Muitos americanos e franceses condenaram a política carcerária praticada na colônia penal. Pressionadas, as autoridades francesas comunicaram que, a partir daquela data, nenhum prisioneiro seria mais levado para a Colônia Penal da Guiana Francesa.

Os holofotes viraram na direção do falso Belbenoit. Era o início de seu sucesso em terras americanas. No Panamá, o verdadeiro René comemorava a vitória. Porém, ele tinha plena consciência de que, a qualquer momento, as coisas poderiam dar errado: alguém poderia desconfiar da farsa. Correndo contra o tempo, ele conclui mais um livro. René estava certo: dias depois, as autoridades francesas solicitaram que as autoridades norteamericanas extraditassem o fugitivo. Com receio que a farsa fosse descoberta, ele voltou para o Panamá, onde reencontrou o verdadeiro Belbenoit e entrega-lhe uma verdadeira fortuna em dinheiro. Mas, para Belbenoit, a saída de seu "xará" dos Estados Unidos poderia atrapalhar seus planos. Depois de uma longa conversa, entrega-lhe os manuscritos do segundo livro “Hell on Trial” (em Português, “Inferno no Julgamento”) e o aconselha a voltar para os Estados Unidos, pois era muito importante que todos acreditassem que ele continuava na terra do “Tio Sam”. Isso iria permitir-lhe continuar livre. Convencido, o falso Belbenoit voltou para os Estados Unidos e tempos depois publicou “Hell On Trial”.
René Belbenoit, após ter certeza que seu amigo estava em segurança nos Estados Unidos, deixa o Panamá e volta para a Guiana Inglesa, onde reencontra seus companheiros de fuga. Eles fazem uma festa para o amigo escritor. Contudo, a situação mundial mudara rapidamente: a Segunda Guerra Mundial começara. Belbenoit sugeriu que os fugitivos saíssem da Guiana Inglesa, pois acreditava que a guerra logo chegaria até ali. Apenas dois membros do grupo resolveram permanecer naquela colônia do Reino Unido. Os demais partiram rumo à fronteira da Guiana Inglesa (hoje República Cooperativista da Guiana) com o Brasil e entram no território Brasileiro em 1940.
RESUMO:
Para americanos e franceses, após a fuga, René Belbenoit teria vivido nos Estados Unidos até sua morte, em 1959, mas tudo não passou de uma grande farsa. Essa verdade foi comprovada em quatro perícias, sendo a última feita pelos renomados “Peritos da Policia Federal Brasileira”:
http://plataopapillon.com.br/papillon/index.php?option=com_content&task=view&id=1&Itemid=1
Verdadeiramente, René Belbenoit, o Papillon, radicou-se com seus parceiros em Roraima desde 1940, morrendo em 1978 aos 73 anos e sendo sepultado no pequeno cemitério São José, em Surumu, uma vila do Município de Pacaraima.
Sua capacidade intelectual e sua simplicidade os levaram a fazer muitos amigos em Roraima, que o ajudaram em sua nova identidade, René Schehr. Esse novo disfarce e o fato de Henri Charrière ter se apresentado perante o mundo como sendo Papillon, o ajudaram a permanece incógnito até 1993, quando aqui cheguei. Foram 15 anos de investigação.
A verdadeira História de Papillon, você vai ficar sabendo ao ler o meu novo livro “Papillon, o Homem que Enganou o Mundo”, que chega às livrarias de todo o Brasil em breve.
OBS: Henri jamais foi Papillon! Prova é que ao batizar o seu restaurante em Caracas o chamou de:- My vaca y yo, tradução: Minha Vaca E Eu, segundo ele no quintal de sua residência criava uma vaca, ele ficava analisando ela presa, daí se imaginava um prisioneiro igual a ela, daí surgiu o nome de seu restaurante!
Outros detalhes importantíssimos além de René Belbenoit, aqui em Roraima viveram e estão sepultados os dois principais companheiros de fuga e personagens de seus livros! Entre eles um batizou a região de Normandia, hoje próspero município de Roraima:
http://74.125.95.132/search?q=cache:gVWg4gGbD18J:pt.wikipedia.org/wiki/Normandia_(Roraima)+Normandia%2BPapillon&cd=6&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Platão Arantes
Jornalista e repórter fotográfico
Registro profissional 1.093 FENAJ
Contatos:
plataopapillon@gmail.com
0xx (95) 81129898

Os links do post levam o leitor às imagens que ilustram o texto de Platão Arantes.

O fato, objeto da pesquisa de Arantes, foi noticiado na revista ISTO É de 17 de agosto de 2005: http://www.terra.com.br/istoe/1870/internacional/1870_verdadeira_historia_do_papillon.htm

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Robin Wood às avessas.

O jornalista e sociólogo mocorongo Lúcio Flávio Pinto, referência intelectual ao jornalismo investigativo e à anásise crítica da Amazônia, foi condenado no dia 06 passado pelo juiz de direito, titular da 4ª vara cívil de Belém do Pará, Dr. Raimundo das Chagas Filho, a pagar 30 mil Reais aos irmãos Ronaldo Maiorana e Romulo Maiorana Júnior — membros da família proprietária do jornal paraense O LIBERAL — como indenização por danos morais causados pela "matéria jornalística" intitulada UM IMPÉRIO AO NORTE: O DE ROMULO MAIORANA escrita e publicada por Lúcio Flávio na edição Nº353 do JORNAL PESSOAL da 2ª quinzena de setembro de 2005.
O magistrado em sua sentença concede "O DIREITO DE RESPOSTA NA MESMA PROPORÇÃO DA OFENSA PERPETRADA PELOS REQUERIDOS PARA SER PUBLICADA NO JORNAL REQUERIDO." e dá "A TUTELA INIBITÓRIA NO SENTIDO DE PROIBIR QUE OS REQUERIDOS (Jornal Pessoal e Lúcio Flávio) VOLTEM A VEICULAR, NO SEU MEIO DE COMUNICAÇÃO, QUALQUER EXPRESSÃO AGRESSIVA, INJURIOSA, DIFATÓRIA E CALUNIOSA CONTRA À MEMÓRIA DO EXTINTO PAI DOS REQUERENTES E CONTRA AS PESSOAS DESTES, SOB PENA DE PAGAR MULTA NO VALOR DE R$ 30.000,00 (TRINTA MIL REAIS), SEM PREJUÍZO DE INCORRER EM CRIME DE DESOBEDIÊNCIA.", o que impõe ao editor do JORNAL PESSOAL um indefinido silêncio diante dos donos das ORGANIZAÇÕES ROMULO MAIORANA.
Em outras palavras: Lúcio Flávio Pinto ficou liso, leso e louco; principalmente com a MORDAÇA impingida pelo JUDICIÁRIO ESTADUAL.
30.000 Reais equivalem a um ano e meio do faturamento bruto do JORNAL PESSOAL que não veicula publicidade — fatia que perfaz 80% da receita de empreendimentos dessa natureza.
Abaixo transcreveremos, copiada do BLOG DO BARATA, a "OFENSA MORAL" de Lúcio Flávio à honra do patriarca dos Maiorana, motivo da CONDENAÇÃO mais divulgada e comentada nos blogs parauaras que o bizarro e espetaculoso enterro de Michael Jackson:
Não encontramos referência ao autor da foto.
BLOG HB
Um império ao Norte: o de Romulo Maiorana
BLOG HB
Escrevi este artigo, a pedido de Maurizio Cierici, repórter especial do L’Unità, de Roma, para o livro Favelas e arranha-céus, recém-publicado pelo jornal italiano na coleção Cadernos da América Latina. Dois dos seis títulos já lançados dessa coleção têm o Brasil como tema. O artigo foi solicitado em função da guerra judicial aberta contra mim pelos herdeiros do império jornalístico criado por Romulo Maiorana, um filho de italianos. Escrito para o leitor daquele belo país, o que mais amo depois do lugar no qual nasci, espero que interesse também ao leitor da minha querida cidade. E que leve os filhos de RM a refletir e acabar com esse mau hábito de criar suscetibilidades hiperinflacionadas, reagindo com selvageria sempre que alguém, tendo que falar sobre um passado ainda tão recente, mas já passado, reconte a história verdadeira – que, como tal, tem tanto de heróico e soberbo quanto de miserável e dramático em seu enredo real. Homens de carne e osso fizeram essa história. Não bustos impolutos ou fantoches caricatos. Que a boa pesquisa faça justiça a personagens históricos, sejam eles Magalhães Barata, Paulo Maranhão ou Romulo Maiorana. Certamente essas pessoas se tornaram marcantes porque o saldo de suas vidas foi positivo, superavitário. Do contrário, já estariam esquecidas.
BLOG HB
Em 1953 o rio Amazonas, o maior e mais volumoso do planeta, encheu como nunca. Suas águas caudalosas invadiram cidades e foram muito além de suas margens, criando um mar interior, ao longo de seu percurso, com 300 quilômetros de largura. Foi a maior enchente do século XX de um rio que lança ao Oceano Atlântico 12% da drenagem superficial de água doce do planeta Terra.
Foi esse o fato mais marcante de 1953. Ninguém registrou, na época, um fato que também teria sua repercussão específica – certamente muito menor, ainda assim significativa – na história contemporânea do Pará, o segundo Estado em extensão da Amazônia, o mais antigo, o mais populoso e o mais importante da região. Nesse ano chegou a Belém, a metrópole regional, situada na foz do Amazonas, numa ponta de terra às proximidades do mar, um pernambucano, filho de pais italianos, chamado simplesmente Romulo Maiorana.
Maiorana já estava com 31 anos, mas nada realizara até então de especial para merecer a atenção coletiva. Nascera em Recife, a capital do Nordeste brasileiro, estudara apenas até o segundo grau (chamado, então, de científico), e fora mandado pelo pai à Itália para estudar. Mas a guerra estourou e ele acabou sendo incorporado ao exército de Mussolini. Não foi para os campos de batalha, entretanto: ficou na retaguarda, como datilógrafo.
Finda a guerra, Romulo voltou ao Brasil. Não para Recife, mas para Natal, a mais importante base de operações dos Aliados em território brasileiro na Segunda Guerra Mundial, onde seus pais se haviam instalado. Sem perspectiva, decidiu tentar a sorte mais ao Norte. Belém, com pouco menos de 400 mil habitantes, vivia um período mais favorável nesse novo entre-guerras do que na fase de 1918 a 1939, quando entrou em crise profunda porque a principal atividade econômica regional (e a segunda base da economia nacional), a exploração da borracha, entrou em colapso por causa da concorrência asiática.
Romulo tentou alguns negócios comerciais, como fabricar placas indicativas de ônibus, flâmulas e painéis luminosos, antes de começar a montar uma rede de sete lojas de vestuário e calçados, que inovaram em vendas e marketing. Mas nunca deixou de escrever uma coluna social na imprensa, sua verdadeira paixão. Primeiro foi colunista em O Liberal, jornal fundado em 1946 para ser o porta-voz do partido mais forte do Estado, o PSD (Partido Social Democrático). O verdadeiro dono dessa legenda era o general Magalhães Barata, que surgiu na política como integrante do movimento dos jovens militares de classe média que faria a renovação do Brasil a partir da década de 20, o tenentismo.
Barata foi interventor federal no Pará em 1930, voltou a ser interventor durante a grande guerra e em 1953 era senador, preparando-se para disputar – e vencer – a primeira disputa como governador eleito pelo voto popular, em 1955. Seus maiores inimigos não eram outros políticos ou empresários, que não aceitavam seus métodos truculentos e a oligarquia criada em torno de seu poder pessoal. Quem mais o preocupava era um jornal, a Folha do Norte, fundado ainda no século XIX, e seu dono e principal redator, Paulo Maranhão, já então sexagenário, mas de estilo violento, demolidor.
O Liberal perdeu feio as escaramuças praticamente diárias com a Folha, o mais poderoso jornal do Norte do Brasil, mas Barata conseguiu voltar ao poder total, que perdera na eleição de 1950 para a Coligação Democrática Paraense, uma frente com quase todos os outros partidos. Além de escrever uma coluna no jornal de Barata, Romulo passou a namorar uma sobrinha do general, Lucidéia, mais conhecida como Déa, jovem muito bonita e muito comentada nas rodas da “alta sociedade” por seu modo de viver desafiador para a moral conservadora da época.
À sombra do caudilho, Romulo cresceu no comércio como nunca, não só através da multiplicação das Lojas RM, como pelo contrabando que se desenvolvia na cidade. Belém era, na época, uma espécie de Sicília. Vivia isolada do restante do país. Não dispunha de estradas de rodagem ou ferrovias para as comunicações com outros Estados brasileiros ou o exterior, que só podiam ser feitas por navio ou avião. Mas como estava às proximidades das Guianas (na época, sob o domínio da França, que ainda se mantém, da Holanda e da Inglaterra, que concederam a independência às suas antigas colônias sul-americanas), Belém se abastecia, sobretudo de bens duráveis (como automóveis) ou de consumo supérfluo (como bebida alcoólica e perfume), através de um comércio ilegal com seus vizinhos estrangeiros. O contrabando quebrava o isolamento e, ao mesmo tempo, enriquecia um grupo de empreendedores mais audaciosos – ou mais próximos do poder político, que daria cobertura às suas aventuras. Romulo fazia parte desse grupo.
Perspicaz, como demonstraria ser ao longo de sua vida, ele viu que esse tipo de comércio ficou com seus dias contados quando o “baratismo”, o sistema de poder construído em torno de Magalhães Barata, foi derrotado por um novo movimento militar eclodido no Brasil, em 1964, que depôs o presidente João Goulart e acabou com o populismo, o sistema nacional de poder estabelecido a partir do ditador Getúlio Vargas, um híbrido de autoritarismo político de elite com patronato econômico em favor dos desfavorecidos (Getúlio seria imortalizado como “o pai dos pobres”).
Romulo fechou abruptamente sua cadeia de lojas, famosas na cidade, e comprou, em 1966, O Liberal. O jornal já não era mais do PSD: fora adquirido por Ocyr Proença, um empresário que, embora vinculado ao governador cassado do vizinho Estado do Amazonas, Gilberto Mestrinho, iria apoiar a eleição de um dos militares que ingressara na política exatamente com o novo poder, responsável pela cassação de Mestrinho, acusado de corrupção. O coronel Alacid Nunes se elegeu governador, mas a participação de O Liberal fora tão pouco convincente como quando na fase do controle baratista.
O jornal tirava 500 exemplares em 1966 e sua credibilidade era zero. Romulo teve que emprestar dinheiro (de Armando Carneiro, um político getulista, que decidira trocar a política pela atividade empresarial para escapar à cassação, passando a atuar nos bastidores) e trabalhar dobrado para conseguir que a velha e precária impressora funcionasse, imprimindo sua nova mercadoria.
Como jogador de cartas que era, Romulo fazia seguidas apostas na sorte e na força de sua intuição, que complementavam sua audácia. Ele sabia que um fato importante criara um vácuo na imprensa com a morte, exatamente em 1966, do homem que dava vida à Folha, dona inconteste do mercado. Paulo Maranhão morreria aos 96 anos, levando consigo as chaves do sucesso do jornal que comandara durante mais de meio século. O Liberal tinha que entrar nesse vácuo.
Romulo seduziu os jornaleiros com propostas vantajosas e presentes para que apregoassem prioritariamente O Liberal. Dobrou as comissões dos “baderneiros”, os vendedores de rua. Oferecia jornais de cortesia. Renovava empréstimo, que não pagava, oferecendo permuta de publicidade, divulgando os nomes dos benfeitores. Em 1972, já consolidando sua liderança, deu um golpe mortal na concorrência: O Liberal foi o primeiro jornal do Norte a adotar o moderno sistema de impressão em off-set, que garantia rapidez e qualidade ao impresso. Dois anos depois, comprou a Folha, já decadente. Ao invés de tentar reanimar o glorioso jornal do passado, deu-lhe a extrema-unção. O Liberal é que devia ser o novo poder.
Confirmou-o quando, em 1976, inaugurou a TV Liberal, montada em apenas oito meses, para se tornar afiliada da TV Globo, que se tornaria a quarta maior rede de televisão comercial do mundo. Mas Romulo não pôde colocar a emissora em seu nome, embora fosse seu dono. Os órgãos de informação ainda mantinham em sua ficha a nódoa do contrabando. O regime militar ainda estava no movimento afluente do seu moralismo (o golpe de 1964 foi dado no Pará a pretexto de combater a subversão e a corrupção). Não concordava em transferir para alguém tido como ex-contrabandista uma concessão pública, o canal de televisão. Romulo teve que colocar a concessão no nome de cinco funcionários, reavendo-lhes a ação depois, quando seus serviços prestados ao governo haviam limpado definitivamente seu nome dos arquivos da “comunidade de informações”, o subsolo no qual funcionava um autêntico governo paralelo.
Pelos 10 anos seguintes Romulo não pararia mais de investir, crescer e expandir seu poder. Seu jornal se tornou o segundo maior consumidor de papel de imprensa do Norte e Nordeste, com tiragem em torno de 50 mil exemplares, quase dobrando aos domingos. De cada 10 leitores de jornal no Pará, quase 9 liam O Liberal, uma proporção sem igual no país na época. Seus outros veículos de comunicação eram, todos, líderes em seus respectivos setores. Com uma nota na coluna principal do jornal, que ele escrevia ou supervisionava, podia fazer o sucesso ou o desastre de uma pessoa, empresa ou governo.
Ciente do seu poder, ele parecia viver como se fosse eterno, o que justificava, embora de forma paradoxal, sua notória hipocondria. Fazia-o feliz quem lhe desse o “último grito” em remédios de presente. Quando morreu, em abril de 1986, aos 64 anos, de leucemia, ele estava comprando um novo e moderno parque gráfico para o jornal, em via de importação do Canadá, e equipamentos para as emissoras de rádio e televisão, além de montar um novo tipo de negócio, a produtora de vídeo.
Os sete filhos, que o sucederam, sob a presidência honorária da mãe, encontraram uma máquina azeitada, em pleno movimento e com um apreciável estoque de capital líquido, os elementos que respondem pelo poder sem igual que o grupo Liberal tem na história da imprensa do Pará. Mas que podem se tornar a causa de sua decadência, em futuro não longínquo, se faltar aos herdeiros algum dos componentes essenciais que levaram Romulo Maiorana a criar esse império amazônico.
BLOG HB
Postscriptum:
"Fale prof. Baleixe, blz
Lembra daquele nosso papo no atelier?
Fiquei d mandar uma coisa né?
O dono q eu ñ lembrava dessa frase q acho do caralho, 'Quem se desloca recebe, qm pede tem preferencia',
taí então nesse link: mms://streaming.net2.com.br/culturaondemand/videos/jornalpessoal20_23f2e.wmv
Abraço.
Leandro*."
*Leandro Costa é concluinte do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará.
O link em questão é um vídeo-reportagem assinado por Dimitri Maracajá e Liliam Norat sobre o jornalista Lúcio Flávio Pinto, conterrâneo de Leandro.
Copie e cole em seu navegador para assisti-lo.
Tempo total do audiovisual da CLÃDESTNO PRODUZIONES: 21 minutos e 57 segundos.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O cínico argumento do BASA.

O comentário do leitor Marcelo à postagem PMB desobstrui duas vias públicas que interligam o Souza ao Curió-Utinga.: "Fotos, documentos, certidão de propriedade e outros.. www.flogao.com.br/conjuntodobasa e www.conjuntodobasa.hd1.com.br. Confiram.." nos deu enredo para continuar a discussão do prolongamento da avenida Tavares Bastos em direção à 1º de Dezembro — trânsito liberado em quatrocentos (e quarenta e sete) metros de "luto".
Checadas no Google Earth as informações da única página acessível conclui-se, por aproximação das medidas obtidas na ferramenta “régua”, que os 163 metros de frente do Conjunto do Basa estão ok; aliás, há saldo "negativo" ao BASA em quase 3 metros, demonstrando que o BLOG HB ERROU e a pista ESTÁ NO TERRENO DO CONJUNTO.
PORÉM, no mesmíssimo documento, NÃO HÁ COMPROVAÇÃO alguma da propriedade de uma área de 4.500 m², limitada à avenida Primeiro de Dezembro.
Parte desse terreno era CERCADA COM ARAME FARPADO, na maior cara-de-pau, por alguns moradores do BASA no sábado passado, dia 04 de julho.
Na ESCRITURA PÚBLICA do BASA reza que os fundos têm 397,70m e 400,00m nos dois lotes adquiridos em 1968, contudo, o muro derrubado por ordem judicial dista 447 METROS da avenida ALMIRANTE BARROSO — 47 metros "positivos" ao BASA.
O Blog HB sugerira, no post anterior, a DESAPROPRIAÇÃO dessa área em prol de uma PRACINHA PÚBLICA, mas pelo visto não há necessidade, ela PERTENCE À POPULAÇÃO DE BELÉM.
Só em raciocínio impudente cabe que o pedaço ENCAMPADO pelos moradores do BASA sirva como indenização pelo uso da via — com marcação de três pistas mais acostamentos — que ora desafoga o trânsito nos arredores.
Um "ELAS POR ELAS" bastante BANDIDO ao PAGADOR DE IPTU (contribuinte da PMB), não?


Propriedade comprovada até o limite de 400m em http://www.conjuntodobasa.hd1.com.br/.

Medições aproximadas na "régua" do Google Earth. O retângulo vermelho tem mais ou menos 47 x 96m, 4.500m², espaço público murado pelos moradores do Conjunto do Basa destinado ao lazer privado. O Basa deve aos belenenses mais de 40 anos de aluguel e pagará com a "permissão" do tráfego no interior do Conjunto sem devolver quase 4.000m² (retirada a área da via) públicos? Indenização muito bem paga por uma cidade sofrível a um grupelho esperto (nunca a totalidade dos residentes).

O Conjunto do Basa, muito bem cuidado como "condomíno fechado", pode permanecer com sua segurança e limpeza privadas e usufruir dos mesmos serviços públicos. Contudo, de acordo com a documentação indicada ao Blog HB, boa parte dessa área nobre reservada ao lazer não é de propriedade dos moradores, mas da Cidade. A via bem dimensionada demonstra que não havia, no projeto, intenção alguma em "aprisionar" o complexo de residências.

Fotos de celular: HB

Postscriptum:

A PMB — Prefeitura Municipal de Belém — tem a obrigação de recuperar a área pública encampada pelo BASA o mais breve possível, antes que a cerca de arame farpado vire um novo muro. A vida dos moradores do BASA está bem melhor que antes, o presentemente vizinho Utinga é uma bela paisagem para se vagabundear.

Fotografias aéreas do Conjunto do Basa tiradas da Almirante Barroso e do Utinga na década de 1990. As demarcações em vermelho do terreno supostamente invadido estão de acordo com as informações contidas na Escritura Pública de Compra e Venda disponível em http://www.conjuntodobasa.hd1.com.br/ aplicadas ao programa Google Earth.

O SITE DOS MORADORES DO CONJUNTO DO BASA NÃO CITA, EM TEMPO ALGUM, A AQUSIÇÃO DO TERRENO DOS FUNDOS QUE MEDE APROXIMADAMENTE 96M DE FRENTE POR 47M DE FUNDO SE VISTO PELA AVENIDA PRIMEIRO DE DEZEMBRO. O "MEMORIAL DO CONJUNTO DO BASA" A ESSA ÁREA SE REFERE COMO "LIMITE DO CONJUNTO NAS MATAS DO UTINGA" (TERRAS PERTENCENTES AO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ COMO RESERVA AMBIENTAL DAQUELE PARQUE).

sexta-feira, 3 de julho de 2009

UFPA: finalmente Carlos Maneschy é o Reitor.

Por motivos alheios à nossa vontade não comparecemos à posse do MAGNÍFICO REITOR da Universidade Federal do Pará, professor titular CARLOS EDILSON DE ALMEIDA MANESCHY. Contudo, para registro da data memorativa, postaremos uma curta entrevista por ele concedida, passados quase sete meses, ao Blog HB — após o segundo ato de uma via-crucis, acompanhada por nossos leitores, ao cargo máximo da UFPA.

Ingenuidade pronunciada no dia 05 de dezembro de 2008 que se não laureada mais uma vez pela Comunidade Acadêmica em conturbada reunião do Conselho Universitário, perigaria pela não anuência da Presidência da República em 12 de junho de 2009 — tortuosidades desnecessárias em ambiente que a singeleza é imprescindível. A uranoscopia em contrariedade à ciência diria: "da ebulição à terra firme!".

PORTANTO...SUCESSO AO REITOR E À SUA EQUIPE!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

UFPA: o Olho (d'Água) de Acácio Sobral.

O final do mandato de Alex Bolonha Fiúza de Mello — reitor por oito anos consecutivos da Universidade Federal do Pará — foi marcado por duas obras de relevância visual no Campus do Guamá: o “Hangarzinho” e o “Olho d’Água”.
Obras pensadas por indivíduos discretos de reconhecidos talento e competência: Jorge Derenji e Acácio Sobral.
O Centro de Convenções — apelidado de Hangarzinho com justa razão — e o monumento “Olho d’Água” ocuparam espaços que poderiam ser “invadidos” por ignorâncias futuras, em qualquer época, inclusive em um pretenso retorno de Alex.
Não mais o serão, ao contrário, o Hangarzinho clama pela urgente demolição do pesado prédio da reitoria, que o imprensa. Já o “Olho d’Água” está em espaço aberto esperando pelo crescimento da árvore que transpassará sua pupila provocando “espelhamento” da copa na extensão das pestanas geométricas "depositadas" na convexidade do terreno — explicita contraposição da racional desconstrução humana diante da orgânica obra de Deus.
Arquitetura e escultura se beijaram no dia e hora certos, uma esperou pela outra.
“Para mim, o que caracteriza a Universidade é a sua relação com os fluxos de água, com os rios, com a chuva e com a floresta. A escultura é sinuosa para representar os movimentos da água e ela se alonga e ramifica até o chão. No Centro, não temos água, mas uma árvore, porque a UFPA é uma nascente, uma nascente do conhecimento sempre crescente”, disse o advogado e artista plástico Acácio Sobral à jornalista Glauce Monteiro da UFPA.
Acácio no entanto esqueceu-se de falar o quão difícil é projetar algo absolutamente “inútil” que seja eidético e mimético em um só tempo.
Arquitetura é técnica e função e Derenji só temperou o prato com a maestria de um chef de cuisine em mesa inapropriada, tendo menor sorte que Acácio, contudo, a experiência profissional o fez sair da enrascada espacial — Jorge Derenji é professor aposentado da UFPA e um dos fundadores do curso de Arquitetura e Urbanismo.
O “Olho d’Água” não é uma “pintura em 3D”, é um DESENHO TRIDIMENSIONAL que poderia ter ficado melhor com a elevação dos custos — seria impossível crer que uma “mera" escultura tivesse o mesmo orçamento de uma edificação supranecessária.
Se assim o fosse Acácio teria voado mais alto, passando das medonhas platibandas da Biblioteca Central sem utilizar o perecível metalon e sim trilhos de aço recurvados na bitola ideal para que o centro suportasse e acochasse uma calibrada SAMAUMEIRA.
De todo modo Acácio Sobral fez MILAGRE com UM E NOVENTA E NOVE.


Ângulos do Olho d'Água de Acácio Sobral na visão de um observador mediano (álbum ampliável).
Fotos de celular: HB.

Monumentalidade dada pela técnica do fotógrafo Alexandre Morais ao "Olho d'Água" no Portal da UFPA (http://www.ufpa.br/ascom/index.php?option=com_content&view=article&id=3792:ufpa-se-torna-cidade-monumental&catid=1:noticias): a câmera fora posta sobre a barra de metalon dando a ela a falsa impressão de passarela para confundir a escala. Que bom se assim o fosse na realidade: gigantesco.

A ARTE é como a BUNDA: eternamente a posteriore!

FAU-UFPA: registro de atividades do Laboratório de Modelos 03.