Lá pelos primeiros anos da década de 1970 moleques de 10 e 11 anos brincavam de bola, na rua, com os mais velhos: de 18, 19, 20. E esses gostavam de se exibir com suas histórias de escrotos. Como a "fantasia" de uma guerrilheira gostosa chamada Sônia que tomava banho pelada, ou quase, na companhia de um moleque da nossa idade. A moça seria o "capeta" no tiro e esses babacas já a temiam pelo mito, afinal, eram eles recrutas de primeira viagem "descabaçando", à paisana e na companhia de um Curió, um Araguaia já mapeado pelos expertus "comunistas".
Pois sim: aí nos contaram que num belo dia cercaram a dita cuja da "boazuda" em grupo grande com pelo menos três comandos formando um círculo. Encagaçados não a tiravam da alça de mira do FAL — Fuzil Automático Leve — a espera da derradeira ordem seguida da combinada: "na cabeça não!". A heroína, "em posição vertical", não chegou à sua pistola, desintegrou do pescoço para baixo — festa com direito a exibicionismos frente à câmera fotográfica. O "troféu" seguiu de Búfalo ou Hércules para "Brasília". Diz-que foi achado um bilhete que transmitia o sonho da jovem em possuir um FAL. O molequinho franzino, que julgaram ser filho de Sônia, foi parar no 2°BIS como lambaio "patriótico".
A celebre "—Guerrilheira não tem nome, seu filho da puta, eu luto pela liberdade!" não nos foi relatada; até porque o tempo dessa frase corresponderia a rajadas nada silenciosas.
Por 37 anos tudo isso pareceu invencionice de Zé Mané, mas tem uma coerente relação com o que se lê no depoimento do "Wilsinho" em O POVO online.
Será a inhaca da verdade?
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