O fotojornalismo de Indayassu Leite.
Imagem-link ao Esso.
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No ano de 1957, o repórter de O Globo, José Leal, ganhou o Prêmio Principal Esso de Reportagem, de CR$50mil, com Cem Dias na Fronteira da Loucura, reportagem publicada em O Globo abordando, de dentro de uma clínica, a internação e o tratamento de alcoólatras; em exercício autobiográfico da profissão — esta seria a segunda versão do Prêmio Esso de Jornalismo, criado em 1955, hoje na 55ª edição.
A Comissão Julgadora do certame fora composta por Herbert Moses, da Associação Brasileira de Imprensa; Alves Pinheiro, de O Globo; Otto Lara Resende, da Revista Manchete; Pompeu de Sousa, do Diário Carioca; e Antônio Callado, do Correio da Manhã.
Em 1963 o jornalista obtém nova láurea no Prêmio Esso de Reportagem, desta vez como Hors Concours com Prostituição na Selva, matéria publicada pela revista Mundo Ilustrado.
Em 1963 o jornalista obtém nova láurea no Prêmio Esso de Reportagem, desta vez como Hors Concours com Prostituição na Selva, matéria publicada pela revista Mundo Ilustrado.
José Leal esteve em Belém do Pará no ano de 1956 (e possivelmente adentrou 1957) fazendo matéria investigativa sobre a prática do contrabando na região — varrendo vasta extensão territorial entre as Guianas, Belém e o litoral norte/nordeste brasileiro.
Leal, acompanhado pelo amigo e fotógrafo de O Cruzeiro, Indayassu Leite, com cobertura financeira do jornal O Globo, tinha como objetivo levar um automóvel "importado", e (ou) sua documentação irregular, até o Rio de Janeiro e entregá-los à Alfândega; bem como escrever uma série de testemunhos e publicá-los em O Globo, do Rio de Janeiro, e na Folha do Norte, de Belém do Pará.
Sobre isso ele próprio faz comentário na Folha do Norte do dia 18 de março de 1957:
Ampliável à suficiente leitura.
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A imagem acima é a colagem de dois recortes de páginas do jornal datado de 18-03-1957.
Como é improvável tratar-se de um estelionato gráfico, os internautas foram agraciados com uma fonte "primária digital" que muito ajudará em pesquisas pela Rede Mundial de Computadores sobre a remota atividade "ilicita" comum e frequente em nosso Estado, dita por Leal inaugurada no "outono de 1954"; já que esse documento jamais esteve disponível em bancos de dados acessíveis por buscadores.
Os cursos de graduação (e os programas de pós) cedo ou tarde se interessarão pelo tema: fértil; pois interligado é às circunstâncias econômicas, sociais e políticas que abrem guarda ao Golpe Militar de 1964 no Pará; o que trará à tona o levantamento de Leal e seu contraponto.
Talvez se consiga material suplementar relevante no Arquivo Público do Estado do Pará (em Belém), em acervos particulares ou na memória de O Globo; neste último caso o conjunto do que fora escrito sobre o assunto pautado com o consentimento e patrocínio do periódico carioca — tentamos contato, por ora malogrado, com o médico e jornalista Carlos Alberto Leite, filho de Indayassu Leite.
Não esqueçamos que O Globo tinha sua sede na Capital Federal (Rio de Janeiro) e Belém padecia de um isolamento compulsório, portanto, distante das "regras" brasileiras.
Não há o que discutir sobre certo ou errado, somente entender que há óticas distintas: a "oficial", da aduana, e a "marginal", da sonegação; a inclinação do autor do texto é perceptível, uma vez explicita sua dissimulação e logro aos "malfeitores" de seu país; sem contar que O Globo fazia oposição a esse primeiro ano de JK, bem como a Folha do Norte a Magalhães Barata, seu aliado político.
Não há o que discutir sobre certo ou errado, somente entender que há óticas distintas: a "oficial", da aduana, e a "marginal", da sonegação; a inclinação do autor do texto é perceptível, uma vez explicita sua dissimulação e logro aos "malfeitores" de seu país; sem contar que O Globo fazia oposição a esse primeiro ano de JK, bem como a Folha do Norte a Magalhães Barata, seu aliado político.
José Leal e Indayassu Leite parecem ter caído no rol do esquecimento: pouco, ou quase nada se encontra sobre eles, ou deles, na WEB.
"Um Repórter na Rota do Contrabando — O Início de uma Jornada Perigosa"; título e subtítulo originais da reportagem publicada na Folha do Norde de 18-03-1957, remontada a partir dos 7 (sete) recortes recebidos por e-mail, é uma fonte primária virtual franqueada à consulta e ao download no Google Docs.
Aqui se vê o fac-símile, tal qual nos foi enviado por desconhecido remetente.
Os dois arquivos em pdf não são exatamente públicos, há necessidadede da posse de seus respectivos links.
Aqui se vê o fac-símile, tal qual nos foi enviado por desconhecido remetente.
Os dois arquivos em pdf não são exatamente públicos, há necessidadede da posse de seus respectivos links.
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O Blog HB tem especial interesse em qualquer citação da matéria em questão ao iate TRACAJATUBA: capitão, tripulação, motorização e performance; um lendário pesqueiro cearense possivelmente utilizado na atividade paralela e corriqueira de empresários e empreendedores no Pará de então; seu armador: Waldo Moraes da Costa.
Waldo com sua primeira esposa, Haydée Martins Moraes da Costa, anfitriões de Juscelino kubitscheck no "Banquete de Igarapeassu" (1955 ou 1956?).
Ambos aparecem à esquerda da imagem, junto ao ainda candidato (ou já Presidente da República?); não é possível visualizar o rosto de Haydée.
Waldo com sua primeira esposa, Haydée Martins Moraes da Costa, anfitriões de Juscelino kubitscheck no "Banquete de Igarapeassu" (1955 ou 1956?).
Ambos aparecem à esquerda da imagem, junto ao ainda candidato (ou já Presidente da República?); não é possível visualizar o rosto de Haydée.
Waldo (de camisa) e Jaime Pontes (paletó, atrás de Waldo) na matriz da Joalheria Sulamericana em Belém, década de 1960.
Cerimônia de inauguração da restauração do iate Tracajatuba, em Fortaleza; Waldo não aparece nas fotografias, década de 1960.
Esta postagem, nascida do recebimento de material pela Internet, abriu um leque de possibilidades para investigações de personagens até então fora de qualquer cena política.
Sabemos que a guerra passada entre dois jornais não esclarecerá os fatos de bastidores aqui desenterrados.
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